
O que aconteceu
A derrubada dos decretos do IOF por 383 deputados (quase 75% da Câmara) foi mais que um revés fiscal: tornou-se um símbolo do enfraquecimento político do governo Lula. A votação evidenciou a união entre oposição e partidos da base, e expôs a desarticulação do Planalto.
Por que importa
👉 A medida era considerada estratégica por Haddad para manter o equilíbrio fiscal.
👉 A derrota foi articulada por líderes da oposição com apoio maciço de aliados que ocupam ministérios (como União Brasil, MDB, PP, PSD e Republicanos).
👉 O movimento antecipa o cenário da sucessão presidencial de 2026, com a base ensaiando novos alinhamentos.
Mais que o IOF: o rastro da insatisfação
- Deputados acusam o governo de “dobradinha” com o STF, especialmente em decisões do ministro Flávio Dino, que bloqueou emendas e tornou-se símbolo da interferência judicial sobre o Legislativo.
- A avaliação de que Lula está isolado cresce com a queda nas pesquisas.
- Aliados questionam a condução da articulação política e avaliam que o governo perdeu a capacidade de impor agenda.
Frase que resume o clima
🗣️ “O governo é analógico, não tem capacidade de gerir a política econômica” — Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da oposição.
O que esperar
👉 O Senado deve consolidar a derrota ainda hoje.
👉 O Planalto cogita judicializar o caso — o que pode aumentar a crise entre os Poderes.
👉 Cresce a percepção de que Haddad ficou sozinho, sem base nem blindagem para avançar com sua agenda.