
O que houve
A Malha Nordeste, parte da Nova Transnordestina, virou alvo do TCU por uma lista de falhas graves. O órgão abriu uma Comissão de Solução Consensual para tentar resgatar o contrato da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), concessionária que deveria manter a operação em pleno funcionamento.
As falhas
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Trechos abandonados: enchentes e falta de manutenção deixaram linhas inteiras inoperantes.
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Infraestrutura precária: dormentes e trilhos em más condições reduzem a capacidade de transporte e aumentam o risco de acidentes.
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Descumprimento de obrigações: a ANTT identificou que a concessionária não fez todos os investimentos exigidos em contrato.
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Economia inviável: trechos deficitários são alegados pela empresa como impossíveis de manter.
Por que importa
A ferrovia abastece os estados do Maranhão, Piauí e Ceará com combustíveis e grãos. A falha na operação significa custo mais alto para o transporte rodoviário, impacto direto no bolso da população e na competitividade do agronegócio nordestino.
O que pode mudar
Entre as soluções em análise estão:
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devolução de trechos inviáveis mediante indenização à União,
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prorrogação da concessão com novas metas,
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redefinição da matriz de riscos climáticos.
Vá mais fundo
As falhas reveladas expõem mais que problemas de gestão. Elas são um sintoma da fragilidade do modelo de concessões ferroviárias no Brasil, onde contratos longos convivem com baixo investimento privado e alta dependência de renegociações.