O Nordeste mudou de posição no mapa da inovação.
Antes associado à escassez, agora aparece como o segundo maior polo de startups do Brasil. Pernambuco e Ceará puxam o movimento, que combina hubs estruturados, infraestrutura digital de ponta e novas empresas em ritmo acelerado. A informação é base no levantamento Sebrae Startups Report.
Participação nacional.
A região reúne 23,5% das startups brasileiras, atrás apenas do Sudeste (36,1%) e à frente do Sul (21%). São cerca de 4,2 mil empresas, crescimento de 3.497% em menos de dez anos.
Capitais no mapa.
Recife, Fortaleza, Teresina e Natal estão entre as 10 cidades brasileiras com mais startups.
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Recife: liderança regional com o Porto Digital (+350 empresas, 17 mil empregos).
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Fortaleza: 406 startups, 8º lugar no país, com hubs como o Unifor Hub e programa Ceará Mais Digital.
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Teresina: 369 startups.
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Natal: 361, apoiada pelo Jerimum Valley.
Infraestrutura estratégica.
Fortaleza é o 2º maior hub global de cabos submarinos, com 14 conexões internacionais, além da rede GigaFOR, que conecta ensino e pesquisa. Fortaleza, capital do Ceará, com maior PIB do nordeste, está em plena transformação digital. Entre novos investimentos em centros de inovação, data centers e a forte aposta no empreendedorismo tecnológico, a cidade se consolida como um dos mais promissores polos de tecnologia do país. No último ano, inclusive, o estado viu seu setor de tecnologia crescer 7,8%. Em 2024, foi o maior crescimento do país, segundo dados do Observatório ACATE, um hub de monitoramento feito pela associação de tecnologia de Santa Catarina.
GovTechs e impacto público.
O Nordeste concentra 39% das GovTechs brasileiras, superando o Sudeste (27%). Programas como o Inova Export (Teresina) e o Ceará Mais Digital ampliam o alcance das soluções para governo e sociedade.
Investimentos e maturidade.
O Hub Lighthouse está entre os dez maiores captadores de recursos do país. Ainda assim, 63% das startups nordestinas não faturam, e 38,6% seguem em fase de validação.
