O ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu acelerar o calendário político e dar aval para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja seu candidato ao Palácio do Planalto. O acordo foi costurado com líderes do PP e do União Brasil.
A dúvida agora é só quando anunciar. Parte do grupo quer esperar até dezembro ou janeiro para evitar a imagem de que Tarcísio usa o governo paulista como trampolim. Mas aliados reconhecem: Bolsonaro é imprevisível e pode antecipar tudo. Ele e Tarcísio devem se reunir na próxima semana para selar os detalhes.
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Bolsonaro moveu a peça antes da hora. Ao declarar apoio tão cedo, admite que precisa construir logo um nome competitivo contra Lula — e sabe que Tarcísio é o melhor colocado da direita hoje. Também sinaliza urgência em abrir caminho para um eventual perdão presidencial, caso volte a influenciar o Planalto.
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A aposta em Tarcísio consolida o governador paulista como herdeiro preferencial do bolsonarismo. É um gesto que antecipa a disputa de 2026 e tenta unir PP, União Brasil e Republicanos em torno de uma candidatura única. Ao mesmo tempo, mostra que Bolsonaro deixou de esperar o calendário ideal: prefere se proteger politicamente já.