
O fato: O Ceará registrou um salto expressivo no número de queimadas no segundo semestre de 2025. Entre julho e outubro, foram contabilizados 12.129 focos de incêndio, quantidade mais de quatro vezes superior ao total do primeiro semestre, que somou 2.431 ocorrências. O avanço acima de 400% reflete o período mais quente e seco do ano, aliado às rajadas de vento e às ações humanas que favorecem a propagação das chamas.
O contexto: Na comparação com o mesmo intervalo de 2024, a tendência de alta também se confirma. No ano passado, o estado registrou 10.340 queimadas entre julho e outubro; em 2025, foram 12.129, crescimento de 17%. Outubro foi o mês mais crítico, com 6.266 focos, seguido de setembro (3.855), agosto (1.427) e julho (581).
O avanço das queimadas afeta áreas de vegetação, propriedades rurais, zonas urbanas e também representa risco para a infraestrutura elétrica. Segundo a Enel Distribuição Ceará, o fogo próximo à rede pode danificar postes, cabos e equipamentos, além de gerar interrupções no fornecimento de energia e riscos diretos à segurança da população.
Os municípios com maior número de focos em 2025 são:
-
São Gonçalo do Amarante – 1.065
-
Aracati – 488
-
Sobral – 432
-
Crateús – 416
-
Caucaia – 294
-
Granja – 285
-
Santa Quitéria – 264
-
Quixeramobim – 229
-
Cariré e Quiterianópolis – ambos com 227 focos
As macrorregiões mais atingidas são:
-
Centro-Norte – 3.242
-
Região Metropolitana – 2.527
-
Norte – 2.425
-
Centro-Sul – 1.879
-
Leste – 1.723
-
Sul – 1.590
-
Atlântico – 1.143
Em Fortaleza, foram registrados 31 focos ao longo de 2025.






