A disputa política nas redes sociais segue como um campo de batalha decisivo para as próximas eleições. Mais ainda quando há o prenúncio de “liberou geral” iniciado pela Meta(Facebook, Instagram) e do X. Em um cenário onde números de seguidores e interações são frequentemente apresentados como indicadores de força, a realidade mostra que o jogo é bem mais complexo. O levantamento realizado pelo Valor Econômico, revela como a direita tem dominado as plataformas, enquanto a esquerda ainda busca ganhar terreno.
O Dilema das Redes
O tamanho das bases de seguidores nas redes sociais não garante sucesso nas disputas políticas. Um exemplo recente foi a polêmica sobre o Pix, onde um vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) contra a ampliação da fiscalização gerou uma explosão massiva nas redes sociais, levando o governo a recuar.
O Poder da Oposição
Entre 1º e 15 de janeiro, 430 postagens de influenciadores contrários ao governo geraram 14,6 milhões de interações, enquanto 91 influenciadores aliados ao governo, com mais postagens (529), obtiveram apenas 375 mil interações — uma diferença de 1 para 40. A direita, consolidada nas redes há quase uma década, mantém clara vantagem.
Desafios para a Esquerda
Embora a esquerda tenha crescido nas redes, a comparação de interações mostra que a direita continua dominante. Em um levantamento de cartas parlamentares, 8 dos 10 deputados com mais interações eram da oposição. A mesma tendência se repete entre os senadores.
A Corrida pela Atenção
Entre os influenciadores políticos, a direita se destaca com nomes como Gusttavo Lima, Bolsonaro, Pablo Marçal e Nikolas Ferreira, todos com mais de 10 milhões de seguidores no Instagram. À esquerda, no entanto, há figuras como Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, que também possuem grandes bases de seguidores, mas ainda enfrentam dificuldades em disputar a narrativa.
O Desafio do YouTube
Apesar de ser uma rede social com mais usuários no Brasil, o YouTube não é tão popular entre os políticos. Apenas 10 dos 27 políticos investigados têm mais de 500 mil inscritos em seus canais oficiais, com Kim Kataguiri superando até o próprio Lula.
A Hora das Narrativas
A hegemonia da direita nas redes não significa que a esquerda não consiga influenciar debates. Casos como a PEC da Privatização das Praias e o “PL do Estupro” mostram que, mesmo em um cenário desfavorável, a esquerda pode reverter narrativas e mobilizar as redes a seu favor.
O Jogo de Poder nas Redes
Embora a direita ainda tenha liderança nas redes sociais, os exemplos recentes indicam que a disputa digital está longe de ser decidida. A capacidade de mobilizar as redes será determinante nas eleições de 2026.
Ranking Facebook
Ranking X
Ranking YouTube