Até aqui, as circunstâncias que cercam a candidatura de Ciro Gomes (PDT) mostram um candidato isolado do ponto de vista partidário. Ciro foi lançado candidato a presidente da República pelo PDT sem alianças e sem a indicação de um vice. Desse jeito, a cndidatura partirá para a disputa com poucos palanques fortes nos estados e com pequeno tempo no horário gratuito. Mas, tudo pode mudar.
Como o prazo legal vai até 5 de agosto, Ciro mantém o trabalho duro para conseguir uma aliança que lhe permita condições de disputar a eleição com viabilidade eleitoral. E um dos objetivos mais importantes chama-se União Brasil. Sim, o partido que no Ceará vai carregar a candidatura do deputado feederal Capitão Wagner ao Governo.
O PDT ofereceu a Luciano Bivar, o chefe do UB, o lugar de vice de Ciro. Será um movimento de grande envergadura caso a articulação se concretize. Além do maior tempo na TV e alguns palanques estaduais fortalecidos, o União Brasil tem em mãos um fundo eleitoral de incríveis R$ 782,5 milhões, quase dez vezes mais que o teto de R$ 88,3 milhões permitidos para gastos com os presidenciáveis no primeiro turno.
Mas o quadro não está fácil para Ciro atrair o União Brasil. O próprio Bivar quer ser candidato a presidente. Nesta segunda-feira, durante evento na Associação Comercial de São Paulo, o presidente do União disse que não desistirá de concorrer: “Nossa candidatura é irreversível. O Brasil precisa apresentar uma alternativa e o União Brasil tem essa alternativa”