Resultados da pesquisa estimulada OP/Datafolha:
- Capitão Wagner (União Brasil): Tinha 32% foi a 29% (-3)
- José Sarto (PDT): de 19% para 23% (+4)
- André Fernandes(PL): de 14% para 16% (+2)
- Evandro Leitão (PT): de 8% para 10% (+2)
- Eduardo Girão (Novo): de 8% para 5% (-3)
- Chico Malta (PCB): 1%
- Técio Nunes (Psol):1 %
- Zé Batista (PSTU):1 %
- George Lima (Solidariedade): não pontuou
- Branco/nulo/nenhum: 9 % (-5)
- Não sabe: 6% (+2)
O que se verifica: no Datafolha, em pesquisas com um mês de diferença, o aumento no número de indecisos (+2) e a queda nos votos brancos ou nulos (-5) indica que os eleitores podem estar começando a se posicionar à medida que a campanha avança.
Caso o Datafolha encomendado pelo O Povo tenha captado a real intenção do eleitor, as pequenas variações verificadas, praticamente todas dentro da alta margem de erro, indicam uma dinâmica eleitoral em pequena evolução desde que as candidaturas foram oficializadas, sugerindo potenciais e possíveis reviravoltas somente para os dias que antecedem a eleição.
Zoom in: A pesquisa Datafolha realizou 644 entrevistas presenciais entre os dias 20 e 22 de agosto. Devido ao tamanho da amostra, a margem de erro é maior que a de outros institutos, com 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Portanto, no limite das contas, há um empate técnico entre Wagner e Sarto, um empate técnico entre Evandro e André e até um empate técnico entre André e Sarto.
O que estamos observando:
• Pesquisa Quaest: Encomendada pela TV Verdes Mares, entrevistou eleitores entre 19 e 21 de agosto. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Diferencial: o questionário informa o partido dos candidatos, um fator que Focus Poder considera crucial na escolha dos eleitores. Contratado pelo Focus, a AtlasIntel, por exemplo, lista os partidos dos candidatos no questionário apresentado aos eleitores. O resultado também sai logo após o DataFolha. Veja aqui.
• Instituto Verita: Pesquisa registrada no TSE sem contratante especificado. Planeja realizar 2010 entrevistas e, assim como a Quaest e a Atlas, a empresa inclui o partido dos candidatos no questionário apresentado aos eleitores.
Por que importa: A diferença na metodologia e no tamanho da amostra entre os institutos pode influenciar a interpretação dos resultados e moldar a narrativa eleitoral em Fortaleza. Portanto, caldo de galinha e muita calma são recomendados para o momento.
Com uma lupa: a pesquisa AtlasIntel capta o ponto de vista dos eleitores através do impulsionamento de questionários via Web (redes sociais). Já o Datafolha e outras empresas vão às ruas e abordam os eleitores. Outro método é a entrevista por telefone. Para muitos especialistas, a abordagem pessoal interfere na resposta dos entrevistados.
Conclusão: as diferenças metodológicas entre as diversas pesquisas recomendam que a análise política se acautele. Pela pesquisa Focus/Poder/AtlasIntel, há a sugestão de que a disputa da Capital entrou em ebulição e pode estar caminhando para a polarização. Já pelo Datafolha, a disputa parece modorrenta e sem emoção, com baixa variação (dentro da margem de erro) entre os candidatos, mesmo no espaço de 30 dias entre as duas pesquisas do instituto.
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