
O fato: Após quase 20 anos de disputas judiciais, a questão envolvendo as barracas da Praia do Futuro, em Fortaleza, chegou ao capítulo final. Nesta terça-feira (25), foi concluído o processo iniciado em 2005, encerrando duas décadas de impasses, debates jurídicos e insegurança para empresários e poder público. A informação foi divulgada pelo colunista Inácio Aguiar, do Diário do Nordeste.
O contexto: O acordo que põe fim ao litígio foi firmado na Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF), vinculada à Advocacia-Geral da União (AGU). A construção do consenso envolveu todos os atores diretamente afetados: União, Estado, Prefeitura de Fortaleza, Ministério Público Federal e representantes do setor empresarial. O entendimento permite a permanência das barracas no local, mas condiciona sua continuidade ao cumprimento de novas regras urbanísticas definidas pelo poder público. A redação final do documento e as assinaturas estão em andamento, mas o acordo já é considerado fechado.
Por que importa: O impasse teve início em 2005, quando a Justiça Federal determinou a remoção de todas as barracas e estruturas fixas instaladas na faixa de areia, classificadas como ocupações irregulares em área da União. Desde então, o conflito travou investimentos, gerou forte insegurança jurídica e dificultou ações de requalificação urbana na orla. Com o desfecho, abre-se caminho para um novo ciclo econômico e urbanístico na Praia do Futuro, um dos principais cartões-postais e polos turísticos de Fortaleza.






