O projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro já sente os primeiros impactos das explosões na Praça dos Três Poderes. Mesmo antes de informações detalhadas, parlamentares bolsonaristas avaliam que o episódio dificulta a aprovação da medida.
Por que importa: O PL, partido de Jair Bolsonaro, é o principal articulador da anistia, mas teme que o novo ataque enfraqueça o apoio político. Para eles, a nova afronta ao STF agrava ainda mais a situação.
Contexto adicional: Um detalhe que pesa contra o PL é o histórico do responsável por uma das explosões. Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, dono do carro que causou o incidente, já foi filiado ao partido e tentou se eleger vereador em Rio do Sul (SC) em 2020. Sob o nome político “Tiü França”, ele não obteve sucesso nas urnas.
Nas redes: Wanderley Luiz chegou a publicar ameaças ao STF, incluindo imagens de bomba e mensagens cifradas sobre o que chamou de “fim do jogo” entre os dias 13 e 16 de novembro. As mensagens aumentam a pressão sobre os aliados de Bolsonaro.