
Foto: Cassiano Rosário / Futura Press
Por Fábio Campos
fabiocampos@focuspoder.com.br
Diante da forte repercussão do decreto que flexibilizou a quarentena, o governador Camilo Santana recuou e revogou o decreto que entraria em vigor nesta segunda-feira, 06. “Diante da argumentação feita pelo nosso Comitê de Saúde, demonstrando preocupação com as flexibilizações de funcionamento colocadas pelo Governo do Estado nesse último decreto que entraria em vigor nesta segunda-feira (6), decidi revogar imediatamente o mesmo, e publicar um novo decreto, mantendo todas as proibições dos decretos anteriores, e com o mesmo prazo de validade de 15 dias. Se houve um erro nessa proposta de flexibilização, que seja imediatamente corrigido”.
O decreto que permitia o funcionamento de diversos setores ganhou intensa repercussão na noite do domingo, 05 de abril. A questão que muitos se perguntavam foi a seguinte: de que adiante uma fabrica funcionar se o comércio que vende os produtos se mantém fechado?
Do ponto de vista político, o decreto que flexibilizava a quarentena surpreendeu por diversos motivos. O texto acabava por abraçar as teses de Jair Bolsonaro, que não dá ouvidos à sua área de saúde e insiste na volta ao trabalho com isolamentos apenas verticais.
O decreto de flexibilização agora revogado mereceu uma dura reação do senador Tasso Jereissati. Uma nota assinada pelo tucano dizia que a medida iria fazer explodir a quantidade de contamidados pelo coronavírus no Ceará. Tasso denominou o decreto do governador de “inoportuno e lamentável”.
Pouco tempo depois da divulgação da nota do senador, o governador foi ao seu Facebook fazer o anúncio de que revogou o decreto da flexibilização e retomou o mesmo texto do decreto anterior, com fortes restrições ao funcionamento de empresas e negócios.
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