O fato: A Azul Linhas Aéreas anunciou, nesta segunda-feira (20), o cancelamento das rotas diretas entre Juazeiro do Norte e Fortaleza, bem como entre Juazeiro do Norte e Recife. A medida, que entrará em vigor no dia 10 de março, gerou críticas e mobilização por parte de políticos e lideranças da região. A companhia aérea alegou que a decisão faz parte de um “ajuste de capacidade à demanda”.
Nova configuração dos voos: Com a alteração, Juazeiro do Norte passará a contar com sete voos semanais para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), principal hub da Azul, substituindo as quatro frequências atuais para o mesmo destino. Segundo a empresa, essa mudança ampliará a conectividade dos passageiros do Cariri, que terão acesso a mais de 70 destinos nacionais e internacionais, como Orlando, Fort Lauderdale, Paris e Lisboa.
A Azul informou que todos os clientes impactados estão sendo notificados e recebendo assistência, em conformidade com a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Impacto e reações políticas: A decisão foi recebida com descontentamento por políticos da região. O deputado federal José Guimarães (PT) classificou o cancelamento como “inaceitável” e informou que está dialogando com os ministérios do Turismo e de Portos e Aeroportos para reverter a situação. Ele destacou que Juazeiro do Norte é um polo econômico e turístico fundamental no Ceará, o que torna os voos regionais essenciais para o desenvolvimento local.
Além disso, Eunício Oliveira também destacou sua preocupação com o impacto econômico e social que o cancelamento pode gerar, principalmente para o turismo religioso e a logística de negócios da região. Ele também destacou a importância de fortalecer a conectividade regional para evitar o isolamento do Cariri e assegurar seu crescimento econômico.
“Como presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Câmara me comprometo em atuar numa articulação para revertermos essa ação, inclusive com a possibilidade de inclusão de novas opções de voos que atendam o nosso Cariri.” disse.
O deputado André Figueiredo também se posicionou. Em vídeo, ele afirma que reuniões com a Anac e o Ministério de Portos e Aeroportos já estão sendo articuladas.
“Junto aos prefeitos da região, levando as possíveis consequências dessa ação ao conhecimento da ABEAR e aos ministros do Turismo e de Portos e Aeroportos em Brasília. Vamos lutar para evitar esse retrocesso e buscar a ampliação de voos para fortalecer cada vez mais nossa região”, afirma.
Enquanto isso, moradores e passageiros manifestam nas redes sociais preocupação com a dificuldade de acesso a Fortaleza e Recife.