A Estação das Artes, espaço que integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) e é gerido em parceria com o Instituto Mirante, inicia neste fim de semana uma parceria com a Escola de Arte e Cultura Casa de Vovó Dedé, organização da sociedade civil que atua há mais de 30 anos promovendo educação por meio da arte e da cultura para crianças e jovens da periferia de Fortaleza.
A cooperação tem início com shows na noite de sexta (30) e na tarde do domingo (1o). A programação do fim de semana no equipamento conta ainda com edição da festa A Noite Mais Triste do Mundo, performance e atividades infantis.
Como parte das atividades do Plano Bianual de Atividades (2024/2025) da Casa de Vovó Dedé, a Estação das Artes recebe até dezembro apresentações dos Projetos Palco Aberto e Brasil Encanto, sob curadoria de Ewelter Rocha.
Na sexta (30), às 18h, o Projeto Palco Aberto convida Claudine Albuquerque, cantora e compositora baiana que atua há quase duas décadas na cena musical cearense. No show “Todos os Cantos”, interpreta canções que fazem parte de sua trajetória musical, do rock à música popular brasileira, ressaltando o que os estilos têm em comum: a origem negra.
No domingo (1o), às 13h, é a vez do Projeto Brasil Encanto, cujo objetivo é divulgar a música brasileira e enaltecer a diversidade musical do país, passeando por diversos ritmos e gêneros que foram basilares na construção da identidade musical do Brasil. Nesta edição, o Projeto convoca Roberta Fiuza com seu show “Brasil de Samba e Bossa”. Com mais de 10 anos de carreira, a cantora ficou conhecida na cena artística local ao cantar em bares, integrar bandas de samba, além de participar de grandes eventos, como o Carnaval e o Réveillon de Fortaleza.
Live Flow e discotecagem na sexta (30) e no sábado (31)
A programação de sexta (30) conta ainda com uma Live Flow, promovida pelo Mercado AlimentaCE. O duo, formado pela cantora e compositora Lorena Nunes e pelo músico e compositor Bruno Rafael, interpreta em formato voz e violão um repertório que celebra o encontro das referências musicais de ambos, tanto brasileiras quanto estrangeiras. As canções recebem arranjos próprios da dupla e se somam às versões acústicas para os trabalhos autorais dos músicos cearenses.
Já no sábado (31), a partir das 17h, a Estação das Artes recebe mais uma edição da festa A Noite Mais Triste do Mundo, com DJs Monstrava, Tiiito, Lemon4nti e Ordinara e show especial de Mulher Barbada. Realizado desde 2019, o projeto desafia as convenções de festas tradicionais ao oferecer uma seleção exclusiva de músicas tristes e nostálgicas, que tocam diretamente a alma e despertam uma variedade de emoções profundas. A proposta do evento é se afundar na tristeza coletivamente, em uma experiência transformadora a fim de que os participantes saiam sempre com a alma lavada.
Domingo na Estação tem programação para criançada
Além do show promovido pela Casa de Vovó Dedé, o domingo (1o) recebe programações infantis a partir das 10h. As crianças podem se divertir com a Oficina de Pintura “Oceania, O Mar: Colagem com Formas Orgânicas”, mediada pelos arte-educadores Iuri Tavares e Fleuri Cardoso. A iniciativa se inspira na obra de Henri Matisse para instigar as crianças a criar animais marinhos do fundo do oceano a partir de papéis coloridos e aproximá-las da técnica da colagem de forma lúdica e imersiva.
Promovida em parceria com o Sesc, às 10h30 acontece a Oficina Infantil “Bolhas de Sabão Gigantes em Família”, facilitada pela Laguz Circo e Teatro. Formada pela argentina Romina Sanchez e pelo brasileiro Felipe Abreu Pereira, a companhia tem mais de 10 anos de estrada com apresentações de circo e palhaçaria. Além da oficina, a dupla realiza na Estação o espetáculo infantil “Suspiros e Burbujas”, composto por números de música, acrobacia, malabares e muito humor.
O domingo inclui ainda a performance “Enunciação de uma Transplanta”, da artista-pesquisadora Lyz Vedra. Desenvolvida a partir da necessidade de criar espaços de afirmação da vida frente à violência contra corpos desobedientes de gênero, ela propõe um ritual que resgata a prática do cuidado e do enfrentamento por meio do uso das ervas, da memória de travestis cearenses e das plantas de poder.