Ceará consolida posição de destaque na indústria nordestina com segundo melhor desempenho 

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Carteira assinada. Foto: Divulgação
O Ceará alcançou o segundo lugar no ranking de geração de empregos formais na indústria entre os estados do Nordeste no acumulado de janeiro a junho de 2025. Foram 5.030 novas vagas criadas, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado é o melhor desde 2021 e o segundo maior da série desde 2020.

A Bahia liderou o resultado, com saldo positivo de 13.575 vagas. Rio Grande do Norte (atrás do Ceará), com 2.518. Piauí (2.225) e Maranhão (2.038) também registraram desempenho positivo. Por outro lado, Sergipe (-2.216), Paraíba (-2.597), Pernambuco (-4.931) e Alagoas (-12.123) apresentaram saldos negativos na geração de empregos.

No panorama ampliado Norte/Nordeste, o Ceará aparece em terceiro lugar, atrás de Bahia e Amazonas (5.959 vagas). O número sinaliza não apenas retomada, mas também fortalecimento do modelo cearense de desenvolvimento industrial, com atração de novos investimentos e estímulos à permanência de empresas já instaladas.
Os motores do crescimento
Setores com forte presença de incentivos fiscais e patrimoniais do Governo do Estado lideraram a geração de postos de trabalho:
–  Setor Vagas criadas (jan-jun 2025)
– Indústria de alimentos 840
– Produtos químicos 565
– Produtos de metal 521
– Material plástico 422
Esses segmentos foram contemplados com novos pleitos aprovados pelo Condec (Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará), na reunião de julho, ampliando o suporte fiscal e estrutural. “O resultado reflete o trabalho de fortalecimento da política de atração e manutenção de investimentos liderada pelo governador Elmano de Freitas”, afirma Danilo Serpa, presidente da Adece. “O Ceará tem se posicionado como um estado competitivo, com infraestrutura e ambiência favorável a negócios sustentáveis.”
Por que isso importa
Além da geração direta de empregos, os avanços na indústria têm efeitos multiplicadores sobre outros setores:
– Serviços logísticos e transporte ganham tração
– Comércio e alimentação se beneficiam do aumento de renda local
– Qualificação profissional passa a ser prioridade regional para atender novas demandas
“São empregos que sustentam famílias, geram renda e estimulam a economia como um todo”, reforça Luís Eduardo Barros, diretor de Fomento da Adece.
Vá mais fundo
– A performance da indústria cearense ganha ainda mais relevância diante do cenário de desaceleração na geração de empregos em alguns estados do Nordeste.
– O modelo cearense combina estímulo fiscal com gestão técnica do FDI (Fundo de Desenvolvimento Industrial), oferecendo segurança jurídica, agilidade e foco setorial.
– O Estado também aposta em polos industriais descentralizados, como Horizonte, Maracanaú, Sobral, Eusébio e Pecém, que estão entre os mais dinâmicos no novo ciclo.

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