
O fato: a Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada nesta quarta-feira (17), mostra que 62,5% das rodovias federais e estaduais do Ceará estão classificadas como regulares, ruins ou péssimas. Apesar de uma melhora no estado geral da malha viária brasileira em relação a 2024, o cenário no estado ainda exige atenção.
No levantamento, apenas 2,9% da extensão avaliada foi considerada ótima e 34,6% boa. A maior parte ficou na categoria regular (52,9%), enquanto 9,1% foram avaliadas como ruins e 0,5% como péssimas. Em 2025, foram analisados 3.773 quilômetros de rodovias no Ceará, o equivalente a 3,3% do total pesquisado no país.
Infraestrutura e segurança: a pesquisa avaliou pavimento, sinalização e geometria das vias. No quesito pavimentação, 42% dos trechos foram classificados como regulares, 16,5% como ruins e 1,3% como péssimos, além de 0,5% com pavimento totalmente destruído. Na sinalização, 31,3% aparecem como regulares e 7% entre ruins e péssimos, com registros de ausência de faixas centrais e laterais. Já na geometria, 22,1% das vias foram consideradas ruins e 3,3% péssimas, com predominância de pistas simples e falta de acostamento em quase 44% dos trechos.
Investimentos: segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), o valor estimado para recuperar as rodovias cearenses é de R$ 3,08 bilhões, incluindo reconstrução, restauração e manutenção. Em 2025, dos R$ 85,21 milhões autorizados pelo governo federal para infraestrutura rodoviária no estado, apenas R$ 30,78 milhões haviam sido executados até novembro, o que representa 36,1% do total previsto.
Apesar dos desafios, o levantamento aponta avanço em relação a 2024, com redução dos pontos críticos na malha viária cearense, que passaram de 203 para 51 neste ano.






