Cearense ligada a fraude bilionária no INSS viajou 33 vezes e recebeu R$ 14 milhões

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A imagem denuncia com sarcasmo visual a pilhagem institucionalizada contra os aposentados, retratados como vítimas silenciosas. As figuras sorridentes e de terno simbolizam a elite burocrática que lucra enquanto destroça direitos básicos.


PF apura desvio de até R$ 6,3
bilhões com descontos indevidos em aposentadorias. Investigada chefiava duas associações sediadas no centro de Fortaleza.

O que aconteceu
Cecília Rodrigues Mota, advogada e ex-servidora pública federal, é apontada como uma das líderes de um esquema que fraudava descontos associativos em aposentadorias e pensões do INSS. Segundo a Polícia Federal, ela viajou 33 vezes entre janeiro e novembro de 2024, incluindo destinos como Dubai, Paris e Lisboa.

No mesmo período, pessoas físicas e jurídicas ligadas a ela receberam R$ 14 milhões de entidades investigadas por aplicar descontos sem autorização em aposentados e pensionistas.

Por que importa

  • A operação “Sem Desconto”, da PF e da CGU, estima que o total desviado por diversas entidades pode chegar a R$ 6,3 bilhões;
  • Cecília presidia duas associações simultaneamente, que atuavam no mesmo endereço em Fortaleza (Rua Pedro Borges, nº 33 – Palácio Progresso);
  • A prática envolvia assinaturas falsas e ausência de prestação de serviço real aos beneficiários.

A teia do esquema

  • A PF mapeou que seis pessoas viajavam com frequência com Cecília, algumas com despesas cobertas pelos repasses ilegais;
  • As duas entidades comandadas por ela – AAPEN e AAPB – são suspeitas de formar uma estrutura empresarial disfarçada, voltada à captação irregular de recursos;
  • Apesar de se apresentarem como defensoras dos aposentados, muitas dessas entidades não prestavam nenhum serviço efetivo.

O que dizem os investigadores
Trechos do relatório da PF e da CGU indicam que o mesmo grupo operava como uma “organização dividida” para ganhar mercado e escamotear vínculos diretos. O uso do mesmo endereço para funcionamento das duas associações reforça a suspeita de fraude coordenada.

Vá mais fundo

  • O caso de Cecília ilustra como mecanismos paralelos de cobrança associativa, pouco fiscalizados, se transformaram em rampa de desvio bilionário de recursos públicos;
  • A operação foi deflagrada com 211 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no DF;
  • A CGU classifica a fraude como “sistêmica”, afetando diretamente o rendimento de milhares de idosos.

    Organograma da PF mostra fluxo de movimentações financeiras envolvendo a advogada. Foto: Reprodução/processo judicial

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