Dois cenários conflituosos se escondem na estratégia da política internacional que o governo vai deixando à mostra, sem cuidados para dissimular os seus objetivos e as verdadeiras intenções.
A criação intencional de impasses com a maior liderança das democracias do Ocidente, no caso os Estados Unidos, e a abertura e a ampliação de alianças econômicas e militares com países e blocos asiático-europeus e do Oriente Médio apresentam-se como convergências finalmente acertadas.
Esses novos alinhamentos induzem, em um plano regional, a revisão de acordos e pendências acumulados com a nossa vizinhança andida. Não seria fora de propósito a retomada de antigo projeto subcontinental de uma União de Repúblicas Socialista da América Latina, URSAL. Admira até que esses propósitos não tenham sido retomados até agora.
Três universidades públicas brasileiras, em pleno funcionamento, atuam em pontos estratégicos do país, como elos e mecanismos políticos de animação ideológica, há alguns anos. O Ceará é um destes centros de aproximação internacional, a serviço de uma comunidade estrangeira de língua portuguesa.
Como decorrência dessa aproximação com os nossos vizinhos e forte cobertura financeira do Brasil, estamos tomando um caminho sem retorno pacífico ao “status quo” de uma diplomacia respeitada em todo o mundo onde o Brasil mantém relações comerciais promissoras.
Neste quadro carregado de riscos, vamos nos deixando empurrar pela visão turva de falsos estrategistas. Tornamo-nos coadjuvantes de lealdades duvidosas, no quadro de um mundo poderoso, dominado pelo narcotráfico e por ideologias radicais de esquerda e de direita, cercados pelos oportunistas que sempre dominaram o Brasil.