O legado inesperado de Donald Trump? Uma Europa mais unida e pragmática. Ao minar a Otan e ameaçar a União Europeia (UE), o ex-presidente dos EUA acabou por impulsionar um movimento de defesa conjunta e maior integração no continente. Uma Europa unida como nunca é a inusitada situação descrita em um artigo do jornalista Gideon Rachman, do ingês Financial Times.
O que está acontecendo
- Trump cortejou a Rússia, minou alianças e empoderou a extrema-direita na Europa.
- Resultado? A UE acordou. Emissão de dívida conjunta, reforço da defesa e reaproximação com o Reino Unido já estão na mesa.
Por que importa
- Defesa em foco: A UE autorizou 150 bi de euros para investir em sua indústria militar. Menos dependência dos EUA é o novo mantra.
- Dívida conjunta: Uma tentativa de blindar o euro e criar alternativas aos títulos do Tesouro americano.
- Nova aliança: Emmanuel Macron, presidente da França e defensor de uma Europa mais integrada; Sir Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, que busca uma reaproximação estratégica com a UE; e Friedrich Merz, líder da CDU e cotado para ser o próximo chanceler alemão, surgem como um possível triunvirato liderando a resposta europeia.
O pano de fundo
- Ameaça real: 78% dos britânicos, 74% dos alemães e 69% dos franceses veem Trump como um risco direto.
- Pressão por autossuficiência: O corte de ajuda à Ucrânia acendeu o alerta sobre a dependência militar europeia.
- Chance para o Reino Unido: Um novo fundo de defesa europeu pode ser a ponte para reaproximação com a UE pós-Brexit.
Onde está o jogo
- Como a Europa vai driblar divergências internas para construir sua autonomia em defesa.
- Se o Reino Unido está pronto para um retorno gradual ao eixo europeu.
- O impacto de uma Europa mais unida na disputa por investimentos e talentos globais.
Trump não queria, mas provocou. A Europa, diante da ameaça, se reinventa. E, no xadrez geopolítico, pode acabar mais forte do que antes.
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