O fato: O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 2,6 pontos em novembro de 2024, atingindo 95,6 pontos. Este é o maior patamar do indicador desde abril de 2014, quando marcou 96,6 pontos. O avanço reflete a retomada da trajetória de crescimento da confiança, que havia sido interrompida no mês anterior.
De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, o resultado positivo foi impulsionado por melhores perspectivas para os próximos meses e disseminado entre todas as faixas de renda. “O indicador reposiciona-se em sua trajetória ascendente, motivado principalmente pela melhora das expectativas futuras, além da percepção mais positiva sobre os orçamentos familiares, influenciada por sinais positivos no mercado de trabalho e na atividade econômica,” destacou Gouveia.
Componentes do ICC: O Índice de Expectativas (IE), que mede as projeções dos consumidores para os próximos meses, teve alta de 3,7 pontos em novembro, alcançando 103,4 pontos, o maior nível desde setembro de 2023. Já o Índice de Situação Atual (ISA), que avalia a percepção sobre o momento presente, subiu 0,6 ponto, chegando a 84,3 pontos, o maior valor desde dezembro de 2014.
Entre os fatores que mais contribuíram para o crescimento do ICC, destaca-se o aumento no ímpeto de compras de bens duráveis, além de uma melhora geral nos indicadores relacionados à situação financeira presente e futura dos consumidores.
Contexto econômico: Os resultados refletem uma recuperação no cenário econômico brasileiro, com famílias percebendo maior estabilidade financeira. A continuidade de sinais positivos no mercado de trabalho e o desempenho da economia têm impulsionado a confiança dos consumidores, reforçando a perspectiva de um final de ano com maior otimismo.