O pré-candidato à prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (UB), confirmou que continuará fazendo oposição ao grupo que atualmente está no poder.
“Sempre estive contra a administração que governa a prefeitura ou o Estado. Se agora alguém que estava na base se posiciona como oposição, não vejo motivo para reclamar”, afirmou, referindo-se ao ex-governador Ciro Gomes (PDT).
Ciro, do mesmo partido do prefeito de Fortaleza, José Sarto, se aliou ao União Brasil e ao Partido Liberal, siglas da direita, em oposição a Fernando Santana (PT) em Juazeiro do Norte.
Apesar das rivalidades na Capital, tanto Capitão Wagner quanto Ciro Gomes apoiam o prefeito Glêdson Bezerra em sua luta pela reeleição. “Apoiei Glêdson em 2020 e ele venceu. Agora estamos apoiando novamente. Glêdson até me perguntou se estava tudo certo ter o apoio de Ciro, e eu disse que não havia problema algum”, destacou.
Capitão Wagner também criticou o governo estadual, afirmando que este retirou a pré-candidatura de Davi Raimundão (MDB) para apoiar Fernando Santana. “Por isso digo que o verdadeiro desejo de mudança é representado pelo nosso grupo. Queremos novas energias, metodologias e uma máquina administrativa mais enxuta”, acrescentou, dirigindo suas críticas ao Partido dos Trabalhadores, liderado por Camilo Santana e Elmano de Freitas, ministro da Educação e governador do Ceará, respectivamente.
Em sabatina do UOL, Capitão Wagner foi questionado sobre seu relacionamento com Evandro Leitão, pré-candidato pelo PT. Ele afirmou ter visto uma grande incoerência no grupo, que escolheu o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará em vez da ex-prefeita Luizianne Lins. “Tenho uma excelente relação com Luizianne. Fomos adversários em 2016 e em 2020, mas reconheço seu legado. Ela construiu o Hospital da Mulher, que foi negligenciado nas gestões seguintes. Se eu vencer, vou resgatar o hospital. Luizianne também construiu a Vila do Mar, a segunda Beira-Mar de Fortaleza, tão bonita quanto a da região rica”, ressaltou, elencando as obras realizadas pela petista enquanto foi gestora da Capital.
CW também fez uma crítica a Evandro, afirmando que ele estava ao lado de Cid Gomes quando o pedetista fez comentários desrespeitosos sobre Lula, naquela ocasião em que disse a um eleitor: “Lula está preso, babaca”. “Evandro não se manifestou, enquanto Luizianne foi atrás de Lula em Curitiba. Luizianne tem muito mais a ver com o PT”, enfatizou.
Por fim, em relação ao atual prefeito Sarto, Capitão Wagner criticou a taxa de lixo. “Sarto tentou se isentar da responsabilidade. Ele é o criador da taxa de lixo e coloca a culpa no Congresso. A cidade está suja e ele culpa a pandemia e a chuva”, disparou.
“Vamos acabar com essa taxa. Não era obrigatória. O Congresso pede e a cidade deve implementar campanhas para evitar o lixo, é assim que funciona”, concluiu, atacando o pedetista.
CW discute os candidatos de direita em Fortaleza e o distanciamento em relação a Bolsonaro em 2022