Dark posts e repetição de conduta ilegal levou desembargador a suspender impulsionamentos de Sarto

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Contexto
: No argumento apresentado à Justiça Eleitoral (por sorteio, caiu no colo do desembargador eleitoral Luciano Nunes Maia Freire), os advogados de Evandro Leitão conseguiram provar que a campanha de José Sarto, além de outros mecanismos, utilizou dark posts para contornar a proibição de vídeos negativos. Isso resultou em dificuldades para a fiscalização e retirada dos conteúdos irregulares.

O que aconteceu:

• A campanha substituiu vídeos proibidos por outros similares, o que pode ter sido visto como uma desrespeitosa provocação à Justiça Eleitoral.
• Os anúncios foram impulsionados via dark posts no Instagram/Facebook, dificultando a identificação no feed.
• Dos 10 vídeos impulsionados, apenas 3 tiveram seus links diretamente localizados no Instagram; o restante foi encontrado na Biblioteca de Anúncios da Meta.

Por que importa:

• A prática de dark posts, embora legal no marketing digital, atenta contra a transparência eleitoral.
• A estratégia de saturação de impulsos ilegais visa dificultar o controle e manter a campanha um passo à frente da Justiça.

Vá mais fundo:

• A Meta oferece o serviço de dark posts, onde anúncios patrocinados não aparecem no feed do perfil, sendo exibidos apenas ao público-alvo escolhido.
• A prática viola o § 3º do artigo 57-C, que exige que a propaganda eleitoral impulsionada seja identificada claramente.
• O uso contínuo dessa estratégia ocorre estrategicamente durante pesquisas eleitorais relevantes, ampliando o impacto negativo sobre o candidato Evandro Leitão.

Nas entrelinhas: a decisão foi um duro golpe na campanha de Sarto, que jogava suas fichas no impulsionamento nas redes sociais. Para burlar as decisões da Justiça, a estratégia era substituir cada propaganda contra Evandro que havia sido vetada por outra de teor similar, mas com outra cara. Nessa repetição, alcançava seus objetivos.

Resultante: Após a decisão que proibiu Sarto de impulsionar anúncios, restou ao candidato vir a público, em novo movimento de campanha, exercer o papel de reclamando que a decisão judicial foi um ato de censura. Nas redes sociais, o prefeito substituiu sua imagem com óculos escuros de aros amarelos no estilo Juliet por uma tarja de censura na boca.

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