O que houve
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, se reuniu nesta sexta (1º) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar propostas de apoio a setores cearenses afetados pelas tarifas de 50% impostas pelos EUA.
O encontro ocorreu em Brasília e contou também com o secretário da Fazenda do Ceará, Fabrízio Gomes, e o procurador-geral do Estado, Rafael Machado.
O pano de fundo
A medida americana, com entrada em vigor prevista para 7 de agosto, foi classificada por especialistas como um ataque comercial direcionado ao Brasil — e em particular, um golpe sobre setores estratégicos de estados exportadores.
Apesar do aço cearense ter sido poupado após intervenção do governo federal, outros produtos foram atingidos, como:
- Pescado
- Frutas (fruticultura irrigada)
- Cera de carnaúba
O que propôs Elmano
- Medidas legais emergenciais para ajudar empresas a manterem competitividade.
- Aquisição pública da produção que antes era destinada aos EUA, com envolvimento do Estado e municípios.
- Mudanças na legislação nacional para viabilizar essas compras governamentais.
- Análise caso a caso, por tipo de produto, para evitar perdas — especialmente de bens perecíveis.
Por que importa
O Ceará exporta cerca de US$ 2 bilhões por ano, e a diversificação da pauta exportadora nos últimos anos fez de setores como a carnaúba e o pescado importantes geradores de emprego. O tarifaço pode comprometer cadeias inteiras da economia cearense.
Aspas
“Mais de 70% das nossas exportações são de aço, e graças ao Governo Federal ele ficou de fora. Mas os outros setores precisam de ajuda. O ministro Haddad recebeu bem nossas propostas e vamos continuar as tratativas nos próximos dias”, disse Elmano.
E agora?
O governo do Ceará e a equipe econômica de Haddad devem fechar um texto legal nos próximos dias. A meta é anunciar um pacote de medidas antes da entrada em vigor das tarifas.