O fato: Em janeiro de 1996, há 28 anos, a Província de Fujian, na China, e o estado do Ceará iniciaram um processo de cooperação técnica formalizado por acordos assinados pelo vice-governador chinês, Xi Jinping, e pelo então governador do Ceará, Tasso Jereissati. Esse evento marcou o começo de uma parceria estratégica entre os dois países.
Em entrevista recente à CGTN, canal internacional de notícias em inglês da China, Tasso recordou a visita de Xi Jinping ao Ceará e destacou a importância do acordo para o desenvolvimento do Estado. “Foi uma oportunidade única para nós, pois, enquanto a China começava a se abrir ao mundo, o Ceará buscava fortalecer sua presença no cenário internacional, estreitando laços econômicos e culturais”, afirmou.
O retorno da aliança: Na ocasião, Xi Jinping, que participa da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, estará em Brasília nesta quarta-feira, 20. O líder chinês, que atua agora como presidente, será recebido pelo Lula (PT) no Palácio da Alvorada, onde serão assinados diversos acordos bilaterais que envolvem todos os setores do governo.
“Esta é a oportunidade para reforçar a parceria política bilateral, explorar sinergias entre suas políticas de desenvolvimento e programas de investimento, e intensificar a coordenação sobre questões regionais e multilaterais”, explicou o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Paes Saboia.
Saiba mais: Em 2023, o Brasil registrou um recorde de exportações para a China, com US$ 104,3 bilhões, superando as vendas para os Estados Unidos e a União Europeia, inclusive. Além disso, há esforços da presidência para aproximar os dois países na área financeira, com iniciativas no BNDES, Ministério da Fazenda e na B3, a bolsa de valores brasileira.
Os acordos também deverão incluir ciência, tecnologia e inovação, com foco em avanços em áreas como fontes de energia limpa, nanotecnologia, TI e comunicação, indústria fotovoltaica, tecnologia nuclear, inteligência artificial e mecanização da agricultura familiar.