Entidades criticam mudanças nas políticas de moderação da Meta

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Marcello Casal jr/Agência Brasil

O fato: A Coalizão Direitos na Rede divulgou nesta quarta-feira (8) um manifesto contra as recentes alterações anunciadas pela Meta, controladora do Facebook, Instagram e Threads, nas suas políticas de moderação. A big tech decidiu encerrar o programa de checagem de fatos, flexibilizar restrições sobre temas sensíveis como migração e gênero, e promover “conteúdo cívico”, identificado como material político-ideológico.

No documento, assinado por mais de 75 entidades, a coalizão alerta que as medidas ameaçam grupos vulneráveis e enfraquecem esforços globais pela segurança e inclusão no ambiente digital. “Sob o pretexto de ‘restaurar a liberdade de expressão’, as propostas não apenas colocam em risco grupos vulnerabilizados, mas também desestabilizam os esforços para uma internet mais democrática”, afirma o texto.

Impactos negativos previstos: O manifesto denuncia que, ao abandonar políticas de moderação contra desinformação e discurso de ódio, a Meta expõe os usuários a riscos ainda maiores. “O CEO da Meta explicitamente admite aceitar os riscos de filtrar menos conteúdos nocivos”, destaca a coalizão.

Entre os problemas já existentes nas plataformas da empresa, o texto cita a propagação de violência de gênero, ameaças à proteção de crianças e adolescentes e a proliferação de discursos de ódio. Para as entidades, as novas medidas agravam esse cenário, desconsiderando os impactos reais dessas práticas nocivas.

Crítica ao poder das big techs: O documento também critica a concentração de poder nas mãos de empresas como a Meta, que, segundo as entidades, priorizam interesses econômicos em detrimento da segurança digital. “Esse retrocesso não pode ser visto como mero ajuste de políticas, mas como um ataque frontal às conquistas de uma internet mais segura e democrática”, aponta o texto.

Entidades signatárias: O manifesto foi assinado por organizações como o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Ação Educativa e Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

A coalizão conclui pedindo que os impactos das decisões da Meta sejam amplamente debatidos e que governos e sociedade civil continuem pressionando por uma regulamentação mais robusta das plataformas digitais.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

AtlasIntel: entre criminalidade e economia estagnada, Lula vê erosão no apoio e avanço de Tarcísio

Chiquinho Feitosa reúne Camilo, Evandro e Motta em articulação para 2026

A disputa no Ceará e os passageiros do carro dirigido por Ciro Gomes

Do cientista político Andrei Roman (AtlasIntel): Lula não é favorito em 2026 porque perdeu o ‘bônus Nordeste’

Vídeo de Ciro no centrão: discurso contra Lula e aceno à centro-direita e centro-esquerda

O roteiro de conversas e articulações que aponta Ciro candidato no Ceará

O que você precisa saber sobre a venda da Unifametro para o grupo que controla a Estácio

Disputa entre Ceará e Pernambuco derruba comando da Sudene e escancara guerra por trilhos e poder no Nordeste

Guararapes, Cocó e De Lourdes têm a maior renda média de Fortaleza. Genibaú, a menor

Moraes manda Bolsonaro para prisão domiciliar após vídeo em ato com bandeiras dos EUA

Paul Krugman: Delírios de grandeza (de Trump) vão por água abaixo

Pesquisa AtlasIntel: Crise com Trump impulsiona Lula e desidrata Bolsonaro

MAIS LIDAS DO DIA

Tarcísio e a anistia fake; Por Ricardo Alcântara

O falso diamante; Por Gera Teixeira

O Brasil cede à sedução da parceria militar com a China; Por Paulo Elpídio

Mais uma ditadura; Por João de Paula