Fortaleza ocupa a sexta posição entre as capitais do Nordeste em termos de qualidade de vida, conforme o Índice de Progresso Social (IPS) Brasil 2024. A capital cearense está atrás de Aracaju, Teresina, São Luís, João Pessoa e Natal. Entre os principais desafios identificados estão a violência contra mulheres e a gravidez na adolescência.
O IPS Brasil 2024 foi elaborado com base em 53 indicadores distribuídos em três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, que englobam alimentação, segurança e saneamento; Fundamentos do Bem-Estar, que abrange saúde; e Oportunidades, que trata do acesso à educação superior. Segundo dados do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fortaleza obteve uma nota geral de 64,42. A cidade apresentou as menores taxas em “Inclusão Social” (32,92) e “Liberdades Individuais e de Escolhas” (61,9), especialmente em violência contra mulheres e gravidez na adolescência.
Para enfrentar esses problemas, Fortaleza tem implementado diversas iniciativas. No combate à gravidez na adolescência, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) oferece métodos contraceptivos e programas educativos como ‘Gente Adolescente’ e ‘Saúde na Escola’. No combate à violência contra mulheres, o Centro de Referência e Atendimento às Mulheres realizou 4.249 atendimentos em 2024, e o Grupo Especializado Maria da Penha da Guarda Municipal de Fortaleza atua em casos de violência doméstica. Além disso, a plataforma NINA ajuda a prevenir e enfrentar o assédio sexual no transporte público.
Outras medidas incluem o Observatório da Mulher de Fortaleza e projetos de geração de renda, como ‘Nossas Guerreiras’ e ‘Costurando o Futuro’. Para conter a violência contra indígenas e negros, foi criado o Movimento Segurança Preta, que oferece formação antirracista para forças de segurança, e a Rede Municipal de Combate ao Racismo Institucional e à Intolerância Religiosa, que estimula a participação social.
Na área de Segurança Pública, Fortaleza tem investido em efetivo policial e tecnologias de segurança. Essas ações resultaram em uma redução de 16,4% nas mortes violentas na cidade desde junho deste ano.