
O importante debate sobre a escala 6×1 avançou nesta segunda (10) na Comissão de Trabalho da Câmara, em seminário com o ministro Luiz Marinho, a autora da PEC, Érica Hilton (PSOL-SP), e o relator, Luiz Gastão (PSD-CE).
Por que importa
A PEC 6×1 mexe no coração da rotina de milhões de trabalhadores e impacta diretamente a competitividade dos setores de comércio e serviços — áreas sensíveis no Ceará e onde Gastão tem forte atuação empresarial.
O que Gastão disse
O relator deixou claro que a negociação coletiva, sozinha, não será suficiente para reduzir a jornada.
“Será preciso uma indicação legal e mecanismos de equilíbrio”, afirmou.
“Alguns setores serão mais afetados que outros.”
Gastão também sublinhou a necessidade de concorrência justa:
“Como olhar desiguais de forma igual? Como garantir dignidade e respeito ao trabalhador sem distorcer a competição entre empresas?”
A fala mira dois eixos:
1.proteção ao trabalhador,
2.isonomia competitiva, para evitar que setores mais pressionados percam fôlego.
O que disse o ministro
Luiz Marinho reforçou o papel do Estado na regulação:
“A perversidade aparece na informalidade e na precarização. Cabe ao Estado corrigir isso, garantindo direitos e fortalecendo a fiscalização.”
O ministro sinalizou apoio político para avançar no tema — mas com cautela.
O pano de fundo
Seminários como este vêm sendo realizados em várias regiões do País para avaliar:
•impactos da escala 6×1 na saúde,
•reflexos na vida familiar,
•efeitos sobre produtividade e custos empresariais.
A discussão entra agora na fase final.
O que vem agora
Gastão anunciou que seu relatório será divulgado em breve — peça central para negociar ajustes, calibrar setores mais expostos e definir a arquitetura jurídica da nova jornada.
A tramitação da PEC deve ganhar ritmo após a entrega do parecer.
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