
O quadro revela um dado central: a gestão de Elmano de Freitas (CE) aparece na 7ª colocação nacional, com 45% de avaliação Ótimo/Bom, 20% Regular e 35% Ruim/Péssimo. É um desempenho acima da média nacional, especialmente relevante por se tratar de um governador em primeiro mandato à frente de um estado historicamente exigente em avaliações públicas. Veja aqui a avaliação pessoal do governador.
1. A posição de Elmano no tabuleiro
No ranking da Atlasintel, o Governo Elmano integra o primeiro bloco, formado por governos que combinam aprovação significativa com rejeição ainda controlada. Ele está:
- À frente de nomes politicamente mais expostos nacionalmente e em segundo mandato, como Cláudio Castro (RJ), Romeu Zema (MG) e Eduardo Leite (RS).
- Muito próximo de gestores bem avaliados do Nordeste e Norte, como Helder Barbalho (PA) e Fátima Bezerra (RN).
Leitura: Isso indica que Elmano já rompeu a fase de “governador desconhecido” e passou a ser avaliado com critérios mais substantivos, o que explica a coexistência de aprovação sólida com rejeição relevante.
2. Aprovação consistente, rejeição elevada: o paradoxo
O dado mais sensível do governo Elmano é o 35% de Ruim/Péssimo, percentual semelhante ao de Tarcísio de Freitas (SP), que também aparece com 35% de rejeição, embora com aprovação numericamente maior (46%).
Esse padrão sugere:
- Polarização política, mas não fracasso administrativo. Trata-se de um bom resultado para quem vai entrar na campanha em parceria com a candidatura de Lula.
- Governadores associados, direta ou indiretamente, ao campo lulista ou bolsonarista tendem a sofrer avaliações mais duras, mesmo quando entregam resultados objetivos.
No caso do Ceará, há ainda o peso de:
- Expectativa elevada após gestões longas e estruturadas do ciclo Cid Gomes/Camilo Santana.
- Um ambiente político local altamente opinativo e crítico.
3. Comparação regional: Ceará bem posicionado
No Nordeste, Elmano figura entre os melhores desempenhos, superando:
- Raquel Lyra (PE)
- Paulo Dantas (AL)
- Carlos Brandão (MA)
E disputando espaço com:
- Rafael Fonteles (PI), que aparece como o melhor avaliado do país.
- Fátima Bezerra (RN), que tem rejeição ainda maior (39%).
Isso reforça a leitura de que o Ceará não está em curva descendente, como por vezes aparece no debate político local, mas sim em zona competitiva de aprovação.
4. O que o ranking sinaliza politicamente
- Elmano não está isolado nem fragilizado.
- Ele ocupa uma posição de consolidação, não de desgaste terminal.
- O governo tem base para crescer em aprovação, desde que:
- Reduza ruídos na segurança pública,
- Traduza entregas em narrativa política clara,
- Amplie presença simbólica do governador como líder e não apenas gestor.
5. Síntese
O ranking mostra um Elmano competitivo, testado e ainda em construção. Estar no top 10 nacional, com aprovação superior a 45%, num ambiente de alta polarização e cobrança, é um ativo político relevante. O desafio agora não é sobreviver, mas converter gestão em percepção pública positiva, reduzindo a rejeição sem perder densidade política.
Em resumo: Elmano não é um governador frágil no retrato nacional — é um governador em disputa.
Amostra e período da pesquisa Atlasintel
- População-alvo: população adulta brasileira
- Total de entrevistas: 200.980 respondentes
- Período de coleta: de 6 de outubro a 5 de dezembro de 2025
- Nível de confiança: 95%
- Margem de erro: varia conforme o tamanho da amostra em cada estado, entre ±1 e ±4 pontos percentuais







