A Expresso Guanabara, com base em Fortaleza, e a Gontijo, em Belo Horizonte, estão coordenando o reembarque rodoviário de brasileiros deportados dos Estados Unidos. As empresas integram ação humanitária organizada pela Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros), com apoio do governo federal.
Por que importa:
Após o novo endurecimento da política migratória sob Donald Trump, o Brasil se prepara para um aumento significativo no número de voos de deportação. A operação envolve apoio logístico, acolhimento e transporte até as cidades de origem dos repatriados.
O que está acontecendo:
— Nesta quinta-feira (28), chega ao Aeroporto Internacional de Fortaleza mais um voo com 116 brasileiros deportados.
— Parte do grupo seguirá em avião da FAB até Belo Horizonte; os demais permanecem no Nordeste.
— A Guanabara e a Gontijo foram acionadas para garantir, de forma gratuita, o transporte rodoviário dos deportados até seus destinos finais.
Vá mais fundo:
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania coordena a recepção, com suporte de ministérios, estados e órgãos federais. A operação envolve triagem, assistência social, cuidados de saúde e reorganização dos vínculos familiares no Brasil.
— De 2019 a 2024, foram realizados 119 voos de deportação, com mais de 7 mil brasileiros repatriados após o acordo firmado entre os dois países em 2018.
— Segundo o MDHC, a presença de crianças, adolescentes com deficiência e vítimas de violência nas travessias exige ações coordenadas entre os entes públicos e privados.
Cenário em mudança:
Com o retorno de Trump ao poder, o governo brasileiro estima um aumento expressivo nos pedidos de apoio logístico e social. A expectativa é que os próximos meses registrem maior pressão sobre os aeroportos e os sistemas de acolhimento e transporte interestadual.
O papel das empresas:
Além da atuação das Forças Armadas e órgãos públicos, a ação conta com a colaboração direta de empresas rodoviárias — caso da Guanabara, responsável pelo Norte e Nordeste, e da Gontijo, nas rotas do Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Ambas já atuaram em outras quatro operações anteriores.
A frase:
“Trata-se de garantir um retorno digno e estruturado a cidadãos que passaram por experiências extremas e dolorosas”, afirmou fonte envolvida na operação.