Gustavo Franco e as 7 razões para a crise de credibilidade da política econômica de Lula

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Por que importa:
A política econômica do governo do presidente Lula enfrenta ceticismo crescente. Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos arquitetos do Plano Real, aponta sete fatores que explicam a crise de confiança que tem deixado o poder desnorteado. 


Os pontos de Franco:

  1. Bagagem ideológica:
    Os economistas ligados ao PT historicamente desprezam o equilíbrio fiscal. Embora tentem parecer pragmáticos no governo, não convencem o mercado devido à falta de clareza óbvia.
  2. PEC da transição:
    O aumento de gastos contratados foi exagerado, exigindo do Banco Central um ajuste severo para conter os impactos. O resultado? Um cenário de inconsistência econômica.
  3. Falta de novas ideias:
    O governo não apresentou um plano econômico claro. Reciclar programas do passado não responde aos desafios atuais.
  4. Escolhas questionáveis ​​de prioridades:
    A aposta no arcabouço fiscal e na reforma tributária revelou falta de foco estratégico. Comparar a reforma ao Plano Real expõe um entendimento superficial de ambos.
  5. O recheio do arcabouço fiscal:
    A falta de desconforto no novo sistema gerou desconfiança quanto ao comprometimento real com a responsabilidade fiscal.
  6. Ilusão fiscal pela receita:
    A crença de que “justiça tributária” e cortes em privilégios resolveriam a questão fiscal ignora a complexidade do problema.
  7. Pacote de corte de gastos:
    O anúncio do ministro na rede nacional foi considerado um fiasco. Revelou uma abordagem simplista, com os ecos da Nova República: “Quem (acha que) está salvando a democracia, não faz conta”.

Vá mais fundo:

  • A análise de Franco reforça a percepção de que, sem um compromisso sólido com o equilíbrio fiscal, a revisão da política econômica continuará abalada.
  • O pacote de Haddad e as ações do governo enfrentaram o desafio de reconquistar a confiança perdida.

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