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Inflação oficial registra alta de 0,56% em outubro, puxada por energia e alimentos

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O fato: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a medida oficial da inflação no Brasil, apresentou taxa de 0,56% em outubro de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8). Esse valor representa um aumento em relação ao índice de 0,44% em setembro e ao de 0,24% em outubro de 2023.

Acumulado e meta de inflação: Com o resultado de outubro, o IPCA acumula uma inflação de 4,76% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, que é de 4,5%. De janeiro a outubro de 2024, o acumulado do IPCA está em 3,88%.

Principais contribuintes para a alta: Os grupos de despesas que mais contribuíram para a inflação de outubro foram habitação e alimentação. No setor de habitação, o custo da energia elétrica subiu 4,74% em outubro, reflexo da bandeira tarifária vermelha 2, que elevou o valor das contas de energia. No entanto, a bandeira tarifária passa a ser amarela em novembro, reduzindo a cobrança adicional de R$ 7,87 para R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, conforme explicou André Almeida, pesquisador do IBGE.

Alimentos e bebidas: O grupo alimentação e bebidas registrou alta de 1,06%, impulsionado pelo aumento dos preços das carnes, que subiram 5,81% no mês, com destaques para cortes como acém (9,09%), costela (7,40%) e contrafilé (6,07%).

O tomate e o café moído também tiveram aumentos expressivos, com 9,82% e 4,01%, respectivamente. Segundo Almeida, o cenário de seca intensa, além da maior demanda por exportações, impactou a oferta de carne no mercado interno, contribuindo para a alta nos preços.

Deflação nos transportes: O grupo de transportes foi o único a registrar deflação em outubro, com queda de 0,38%. A redução foi impulsionada pela diminuição dos preços das passagens aéreas (-11,50%) e pelo recuo nos valores de combustíveis como etanol (-0,56%) e gasolina (-0,13%), além de reduções nos preços de trens, metrôs e ônibus urbanos.

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