
Por Fábio Campos
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Em entrevista ao radialista João Hilário, da rádio Progresso de Juazeiro do Norte, o ex-presidente Lula da Silva deixou Camilo Santana bem à vontade para conduzir as alianças petistas no Ceará.
Perguntado acerca da aliança do PT com o PDT no Estado, Lula declarou que o governador deve fazer o que “for conveniente” para o Ceará. “Acho que o Camilo deve compor. Não sei com quem ele vai compor. Eu sei que ele vai ser candidato ao Senado”, respondeu.
Na sequência, fez a ressalva que corrobora a linha que vem sendo adotada por diversos dirigentes do PT no Ceará: “Sei que ele (Camilo) vai escolher como candidato a governador para sucedê-lo uma pessoa que ele confie. Se ele confia ele precisa convencer o PT a confiar na pessoa que vai indicar. E ai nós vamos tá junto”, afirmou Lula.
Ou seja, Lula coloca o PT do Ceará no colo de Camilo e sugere que aceitará tranquilamente a aliança estadual com o PDT, que terá Ciro Gomes como candidato a presidente. A ressalva refere-se exclusivamente ao nome que sairá não só da cabeça de Camilo, mas também da cúpula do PDT. Afinal, se essa aliança se mantiver, o nome será pedetista.
Na prática, Lula reforça as posições de diversos petistas que estão colocando travas na escolha do nome pedetista e que, nos últimos dias, começaram a citar a vice-governadora Isolda Cela, que é do PDT, como uma saída para possíveis impasses.
Em seu estilo conciliador, Lula agradeceu apoios passados oriundos de Ciro e Cid Gomes e disse que “tem voto para todo mundo”. É o prenúncio dos dois palanques presidenciais da aliança estadual PDT-PT, que, pela fala de Lula, tende a se manter.







