Marco estratégico na economia do Ceará, Transnordestina é prioridade da Marquise Infraestrutura

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Foto: Divulgação

O fato: A ferrovia Transnordestina não é apenas mais uma obra que está em execução no Brasil. “É a maior do país”, destacou Renan Carvalho, diretor da Marquise Infraestrutura. Para explicar a declaração, o diretor lembrou que, com os primeiros três trechos concluídos e os trechos 4, 5 e 6 em plena execução, os trabalhos avançam na direção de Quixeramobim e Quixadá, conforme o cronograma. A expectativa é de que a ferrovia alcance Itapiúna até julho de 2026.

Segundo o gestor, a conclusão da ferrovia pode ocorrer até o início de 2028, caso a Marquise assuma a execução dos trechos restantes da linha férrea. “Estamos com tudo em andamento, tocando a obra com grande empenho. Sabemos que se trata de uma obra de grande porte, por isso mantemos um aporte financeiro próprio para suprir eventuais desencaixes de caixa”, afirmou o diretor.

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Marquise é destaque: De acordo com Renan, a empresa tem total interesse em assumir os lotes 7 e 11, que devem ser contratados ainda em 2024. Os lotes 8, 9 e 10, no caso, estão previstos para contratação em 2025. Cada lote gera 600 empregos diretos, além de estimular a criação de comércios locais que se beneficiam da movimentação da obra. Um dos setores mais beneficiados é o da construção civil.

“Se a Marquise conseguir esses outros lotes no ano que vem, nossa previsão é concluir a obra até o final de 2027 ou início de 2028”, garantiu.

Governo Federal: Essa previsão de prazo, entretanto, é posterior à meta inicialmente estabelecida pelo Governo Federal, que indicava a entrega da ferrovia até 2026, conforme anunciado pelo presidente Lula em evento no Ceará em agosto.

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Por que é importante: A Transnordestina será um marco logístico, conectando a cidade de Eliseu Martins, no sertão do Piauí, ao Porto do Pecém, no Ceará. A ferrovia passará por 53 municípios, distribuídos entre os três estados, e impulsionará significativamente o transporte de cargas na região. Ao todo, a ferrovia no Ceará terá 608 km de extensão e contará com três terminais de carga, sendo um deles voltado para o transporte de grãos, situado entre Iguatu e Quixadá.

Números: Renan, durante entrevista coletiva, aproveitou para revelar dados sobre a obra. O volume de escavação já realizado nos seis trechos, por exemplo, é de 20 milhões de metros cúbicos — material suficiente para encher 12 estádios Castelão.

Além disso, já foram utilizadas 7.500 toneladas de aço, equivalente ao que foi empregado na construção da Torre Eiffel. E o concreto usado, até agora, soma 67 mil metros cúbicos, o suficiente para erguer um edifício de 1.340 andares.

“Estamos falando de uma obra de dimensões gigantescas, que está mobilizando não apenas equipamentos e materiais em larga escala, mas também força de trabalho e tecnologia de ponta. É uma transformação para a logística e o desenvolvimento da região Nordeste”, destacou Carvalho.

Demais estruturas: Um dos marcos já concluídos é a ponte sobre o rio Jaguaribe, com 800 metros de extensão. Somando todas as pontes construídas ou em execução nos primeiros seis trechos, a extensão total atinge 4.500 metros — metade da altura do Monte Everest.

As explosões controladas são outra marca do avanço das obras: semanalmente, são realizadas em média oito detonações, movimentando cerca de 20 mil toneladas de rocha por vez. A construção da Transnordestina mobiliza uma frota robusta, incluindo 200 equipamentos de linha amarela, 270 veículos de linha branca, 16 caminhões-betoneiras e 160 veículos de apoio. Outro dado curioso revelado por Renan Carvalho é o peso dos explosivos já utilizados e previstos para a obra: 4 milhões de quilos, liberando energia equivalente à propulsão de 225 foguetes Starship, da Space X.

Próximos passos: Por fim, segundo Renan, nesta quinta-feira, 28, deve ser assinado o contrato de R$ 3,6 bilhões com o Banco do Nordeste (BNB), liberando os recursos necessários para a continuidade da Transnordestina. A assinatura será em Brasília.

Sudene autoriza mais R$ 3,6 bi para a Transnordestina: Qual o impacto da obra para o Ceará?

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