O fato: A Meta, gigante da tecnologia comandada por Mark Zuckerberg, deve superar a marca de US$ 100 bilhões (R$ 576 bilhões) em investimentos em realidade virtual (VR) e aumentada (AR) ainda em 2024. Segundo o Financial Times, a empresa destinou US$ 19,9 bilhões à sua divisão Reality Labs no ano passado, um recorde desde que iniciou os aportes no setor, em 2014.
Investimentos bilionários e prejuízos crescentes: Desde a aquisição da fabricante de headsets Oculus em 2014, a Meta já investiu mais de US$ 80 bilhões no desenvolvimento de produtos e aquisições voltadas para VR e AR. Para 2025, a expectativa é que os investimentos ultrapassem US$ 20 bilhões.
Apesar do alto volume de recursos, a Reality Labs ainda acumula perdas operacionais significativas, que atingiram um recorde de US$ 17,7 bilhões em 2024. No entanto, a receita da divisão cresceu 13%, totalizando US$ 2,1 bilhões no último ano.
Mudança de foco: Nos últimos meses, Zuckerberg tem priorizado o desenvolvimento de óculos inteligentes com inteligência artificial, reduzindo o foco no metaverso baseado em avatares virtuais. Os novos dispositivos, criados em parceria com a EssilorLuxottica, incorporam câmeras, microfones e assistentes de IA. A Meta planeja lançar uma nova versão dos óculos ainda este ano, incluindo pela primeira vez um pequeno display.
Enquanto isso, os headsets Quest VR, que custam a partir de US$ 300, continuam enfrentando desafios para atingir um público mais amplo. Desde o lançamento, cerca de 30 milhões de unidades foram vendidas.
Meta aposta no futuro da computação vestível: Mesmo com as perdas na divisão de VR e AR, a Meta segue altamente lucrativa. Em 2024, a empresa registrou receita líquida de US$ 62,4 bilhões, um crescimento de 60% em relação ao ano anterior.
Zuckerberg acredita que 2025 será decisivo para determinar se os óculos inteligentes podem se tornar a próxima grande plataforma de computação ou se ainda levará mais tempo para essa tecnologia se consolidar.