MP-TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e militares indiciados por tentativa de golpe

COMPARTILHE A NOTÍCIA

O fato: O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) solicitou a suspensão dos salários do ex-presidente Jair Bolsonaro e de 24 militares indiciados pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. A investigação da PF identificou 37 pessoas, incluindo políticos e militares, como parte de uma organização criminosa que teria planejado ações para manter Bolsonaro no poder, incluindo o assassinato de lideranças como o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Medidas solicitadas: O subprocurador-geral Lucas Furtado também pediu que a suspensão de pagamentos remuneratórios fosse estendida a outros indiciados que recebam recursos públicos, como do Fundo Partidário. Entre os citados está Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Furtado argumentou que “o dispêndio de recursos públicos com remunerações de agentes públicos indiciados por fatos tão graves é incompatível com o princípio da moralidade administrativa”.

Impacto financeiro: Os salários dos militares indiciados variam entre R$ 10 mil e R$ 37,9 mil, gerando um custo anual de R$ 8,8 milhões. Além disso, o MP-TCU pediu a indisponibilidade de bens dos 37 investigados, somando R$ 56 milhões. Esse valor é estimado pela Advocacia-Geral da União (AGU) como os prejuízos causados pelos atos de depredação às sedes dos três Poderes em janeiro de 2023.

Acusações e investigações: Segundo a PF, a tentativa de golpe envolveu crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. As investigações apontam que o grupo agiu de forma coordenada ao longo de 2022 para executar o plano. O subprocurador Furtado enfatizou que a conduta dos militares, pagos com recursos públicos e que têm o dever de proteger a democracia, “beira ao absurdo”.

Próximos passos: O pedido do MP-TCU será analisado, podendo resultar na suspensão dos pagamentos e no bloqueio dos bens dos indiciados, além de reforçar ações para responsabilizá-los pelos danos causados. A questão levanta debates sobre o uso de recursos públicos em casos de indiciamento por crimes graves e a necessidade de preservação dos valores democráticos.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Fiel da balança, Cid se impõe, Camilo e Elmano cedem: Santana desiste da Assembleia

Camilo, Cid, Elmano e Evandro: em pote cheio de mágoas, basta a gota d’água

Rompimento de Cid em “pause” com o camilismo retomando negociações

O jabuti obsceno de Sarto: licitação bilionária no apagar das luzes da gestão nocauteada pelos eleitores

Bom senso prevalece e UFC mantém nome de Martins Filho na Concha Acústica

Concha Acústica da UFC: homenagem ou revisão histórica?

André continua protegendo Inspetor, mas Capitão dispara a metralhadora

Desmonte: falta medicamentos no IJF e Ministério Público aciona Justiça

Parceira do Focus, AtlasIntel repete 2020 e crava resultado das eleições nos EUA

O Brasil de olho na PPP das Escolas em SP: Um passo à frente ou um retrocesso?

Morre o médico cuja invenção simples e caseira salvou a vida de milhares de crianças no Ceará

Efeito pedagógico da disputa de Fortaleza: futebol e campanha política não se misturam

MAIS LIDAS DO DIA

Senacon instaura processo contra operadoras de planos de saúde por práticas abusivas

Primeira parcela do décimo terceiro deve ser paga até esta sexta

MP-TCU pede suspensão de salários de Bolsonaro e militares indiciados por tentativa de golpe

Câmara retoma discussão sobre ampliação de imunidade tributária para templos religiosos