Nesta entrevista exclusiva conduzida pelo jornalista Fábio Campos, editor do Focus Poder, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) — líder do governo Lula na Câmara dos Deputados — fala sem rodeios sobre o presente e o futuro da política brasileira e cearense. Em pauta: eleições de 2026, articulação no Congresso, segurança pública, sucessão no Ceará e sua pré-candidatura ao Senado. “O Elmano tem que liderar a aliança”. Veja o resumo em 29 pontos e a entrevista completa do líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados.
1. “Quero disputar o Senado em 2026”
Guimarães confirma que seu projeto é representar o Ceará no Senado e já comunicou Lula, Camilo e Elmano: “Quando for 2026, eu quero disputar o Senado no Ceará. Disse na frente do Camilo e do Elmano.”
2. “Uma vaga para o Senado é do PT. Isso é fato”
Reivindica uma das duas vagas da chapa majoritária para o PT, com base no peso político do partido no Ceará e nacionalmente.
3. “O Elmano tem que liderar a aliança”
Defende que o governador Elmano seja o articulador da chapa de reeleição: “Ele é o governador, ele é que tem que liderar a sucessão dele.”
4. “As alianças locais serão decisivas”
Aponta que as eleições de 2026 vão depender das dinâmicas regionais: “O PSD da Bahia, do Rio, do Ceará, não vai estar contra o PT.”
5. “O Bolsonaro está inelegível, isso é fato consumado”
Reforça que a direita busca uma alternativa para 2026, já considerando a ausência do ex-presidente na disputa.
6. “A direita civilizada negocia conosco”
Distingue o bolsonarismo radical da direita moderada no Congresso: “A turma do Bolsonaro é barra pesada. Mas há uma direita com quem dialogamos.”
7. “Aprovamos 92% das matérias”
Apresenta a taxa de sucesso do governo Lula no Congresso como resultado direto da articulação política.
8. “O Congresso é um reflexo da sociedade”
Afirma que governar exige diálogo com diferentes forças, inclusive adversárias: “Não resolvo a política com decreto. É o eleitor que decide.”
9. “Segurança pública virou prioridade número 1”
Segundo Guimarães, a sensação de insegurança superou até a inflação nas preocupações da população.
10. “Facções estão migrando para a política”
Relata alerta da Polícia Federal e experiências pessoais com ameaças em campanhas municipais no interior do Ceará.
11. “A PEC da Segurança é urgente”
Defende um pacto nacional com governadores e endurecimento da legislação penal: “Não pode ser ‘cada um por si’. É problema nacional.”
12. “Precisamos de uma base forte no Senado”
Guimarães alerta para o plano bolsonarista de eleger maioria no Senado e avançar sobre o STF: “Eles querem pegar os ministros supremos.”
13. “É projeto nacional: o PT precisa do Senado”
Enquadra sua candidatura ao Senado como parte do esforço nacional do PT para retomar força no Legislativo.
14. “Popularidade ajuda, mas não decide eleição”
Cita o caso de Lúcio Alcântara em 2006 para relativizar a importância de aprovação prévia: “Tinha 72% de aprovação e perdeu no 1º turno.”
15. “A economia vai bem, mas a sensação não acompanha”
Reconhece que os indicadores são positivos, mas que o eleitor médio ainda não percebe melhora no cotidiano.
16. “O governo vai entregar muito até o fim do ano”
Aposta na virada de imagem com base em entregas como o Plano Safra e o combate à inflação dos alimentos.
17. “Escola em tempo integral é arma contra a violência”
Destaca o investimento do governo Elmano em educação como política estratégica: “Escola de tempo integral tira o jovem do crime.”
18. “A política do Ceará mudou muito”
Admite a emergência de novas lideranças e disputas internas: “Tem novos personagens legítimos querendo espaço. É normal.”
19. “Não quero impor, quero discutir na aliança”
Rejeita a ideia de hegemonia do PT e se diz aberto ao diálogo com os partidos aliados sobre a formação da chapa.
20. “Sem mudar a composição do Congresso, não muda o jogo”
Reconhece o limite da governabilidade com o atual parlamento: “É um drama aprovar uma PEC com essa base.”
21. “Facções dominam cidades inteiras no Ceará”
Revelou ter sido desaconselhado a subir morros ou visitar cidades durante campanhas por ameaças diretas do crime.
22. “A união entre governo federal e estados é vital”
Afirma que a segurança não pode mais ser tratada como problema exclusivo dos estados: “É preciso ação coordenada nacional.”
23. “A legislação precisa endurecer”
Defende penas mais rígidas para membros de facções, inclusive com tipificação como terrorismo ou crime hediondo.
24. “O Centrão não é um bloco único”
Afirma que há diferenças internas importantes: “Tem a turma do Valdemar, com quem se negocia, e a turma do Bolsonaro, que não tem diálogo.”
25. “Lula me segurou na Câmara”
Relatou que Lula recusou nomeá-lo ministro da articulação por ser essencial no Congresso: “Você conhece aquilo como ninguém.”
26. “Minha candidatura tem apoio direto de Lula”
Disse que Lula já o chamou de “senador” em reuniões com Camilo e Elmano.
27. “O eleitor decidiu que o PT governe o Ceará”
Rebate críticas sobre hegemonia petista: “Não foi decreto nosso, foi o eleitor que escolheu Elmano e deu 47 prefeitos ao PT.”
28. “A vitória no 1º turno em 2022 desmontou acordos”
Relembra que parte da base aliada esperava aparecer no 2º turno como “salvadora” — o eleitor surpreendeu: “Matou um monte de negociação.”
29. “O governo Bolsonaro entregou tudo ao Congresso”
Critica o que chama de deformação da coalizão presidencial: “O orçamento da União era gerido na prática pela Câmara.”
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