Por Francisco de Assis Vasconcelos Arruda
Realizar um sonho é, antes de tudo, uma questão de constância. E talvez o maior segredo esteja na forma como se administra o tempo — esse bem precioso, igual para todos, mas utilizado de forma tão desigual.
Vivemos em meio a um emaranhado de compromissos: família, trabalho, vida social, espiritualidade, cuidados com a saúde, imprevistos, obrigações civis… Em meio a tantas frentes, surge uma pergunta inevitável: como encontrar tempo para se dedicar ao seu maior sonho?
A resposta pode estar na fidelidade diária ao propósito. Mesmo quando as horas parecem escassas, é possível reservar pequenas porções de tempo — constantes e silenciosas — para dar passos firmes na direção da realização pessoal. Não se trata de esperar o “tempo ideal”, mas de criá-lo.
Os grandes realizadores da história — escritores, cientistas, artistas — não deixaram seus sonhos de lado diante das exigências do cotidiano. Pelo contrário: colocaram o sonho no centro da vida e moldaram sua rotina em torno dele.
Exemplos não faltam. O cearense Gustavo Barroso, por exemplo, publicou mais de 120 obras entre romances, ensaios históricos e biografias, tudo isso enquanto atuava como advogado, político e membro ativo da sociedade. Como ele conseguiu? A resposta parece simples: não abriu mão do propósito. Dedicava-se com afinco, respeitando seu tempo e fazendo dele instrumento de realização.
Realizar um sonho, portanto, não é fruto de sorte. É fruto de compromisso. É saber dizer “não” a distrações vazias e “sim” ao que realmente importa. É transformar minutos em sementes e a disciplina em colheita.
No final das contas, o tempo recompensa quem o honra. E quando se vive com propósito, cada minuto ganha um destino — e o destino passa a ter sentido.
