Operadoras de planos de saúde têm lucro de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre de 2024, aponta ANS

COMPARTILHE A NOTÍCIA

O fato: As operadoras de planos de saúde registraram um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre de 2024, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (3) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Este valor corresponde a aproximadamente 3,27% da receita total acumulada no período, que ultrapassou R$ 170 bilhões. Em termos práticos, para cada R$ 100 de receita, o setor obteve cerca de R$ 3,27 de lucro.

Desempenho do setor: Segundo a ANS, o desempenho econômico-financeiro no primeiro semestre de 2024 foi o mais positivo para o período desde 2019, exceto 2020, que registrou o melhor resultado devido à pandemia de Covid-19. As operadoras médico-hospitalares, que representam o principal segmento do setor, também encerraram o semestre com um saldo positivo de R$ 2,4 bilhões na diferença entre receitas e despesas, aproximando-se dos níveis pré-pandêmicos.

O resultado operacional das operadoras foi um dos principais responsáveis pela melhora no lucro líquido, com exceção das autogestões, que apresentaram um prejuízo operacional de R$ 1,1 bilhão. A remuneração das aplicações financeiras, que somaram R$ 116,6 bilhões até o final de junho, contribuiu significativamente para o resultado positivo de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre.

Análise e perspectiva: Jorge Aquino, diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS, destacou que os números positivos indicam um caminho sólido para a retomada do equilíbrio financeiro no setor, e reforçou a importância de as operadoras focarem na qualidade dos serviços e na promoção de saúde. Gustavo Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), corroborou a visão de recuperação, mas alertou para a necessidade de monitorar os próximos meses, especialmente devido ao aumento de despesas assistenciais no segundo e terceiro trimestres, historicamente associados a doenças sazonais.

Sinistralidade: A sinistralidade, que mede a proporção das receitas destinadas a despesas assistenciais, atingiu 85,1% no segundo trimestre de 2024, uma redução de 3,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Este é o menor índice desde 2018, excluindo o período atípico de 2020. A tendência de queda da sinistralidade vem sendo observada desde o final de 2022, aproximando-se dos níveis pré-pandêmicos de 2019.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

“Vamos pra cima”: Elmano endurece discurso em meio à onda de violência no Ceará

AtlasIntel: entre criminalidade e economia estagnada, Lula vê erosão no apoio e avanço de Tarcísio

Chiquinho Feitosa reúne Camilo, Evandro e Motta em articulação para 2026

A disputa no Ceará e os passageiros do carro dirigido por Ciro Gomes

Do cientista político Andrei Roman (AtlasIntel): Lula não é favorito em 2026 porque perdeu o ‘bônus Nordeste’

Vídeo de Ciro no centrão: discurso contra Lula e aceno à centro-direita e centro-esquerda

O roteiro de conversas e articulações que aponta Ciro candidato no Ceará

O que você precisa saber sobre a venda da Unifametro para o grupo que controla a Estácio

Disputa entre Ceará e Pernambuco derruba comando da Sudene e escancara guerra por trilhos e poder no Nordeste

Guararapes, Cocó e De Lourdes têm a maior renda média de Fortaleza. Genibaú, a menor

Moraes manda Bolsonaro para prisão domiciliar após vídeo em ato com bandeiras dos EUA

Paul Krugman: Delírios de grandeza (de Trump) vão por água abaixo

MAIS LIDAS DO DIA

Suprema Corte dos EUA libera detenção de pessoas que falem inglês com sotaque

Fracht Log abre terminal no Pecém e dá fôlego às exportações contra tarifaço dos EUA

Nova receita: a criatividade da indústria para cobrar mais e entregar menos

GM vai montar elétrico Spark no Ceará: importante fato novo industrial — e ativo político para Elmano

Advocacia: a voz que não se deve calar. Por Camilla Goés

STJ: Planos de saúde devem cobrir emergências em cirurgias estéticas

GM estreia produção de carros elétricos no Polo Automotivo do Ceará

Bolsonaro está “debilitado” e não irá a julgamento, diz advogado

STF mantém validade de delação sobre trama golpista envolvendo Bolsonaro