O PSDB vive seu ocaso político. Fundado em 1988 como um projeto social-democrata dissidente do MDB, o partido que polarizou com o PT por duas décadas enfrenta agora a perspectiva de extinção, com seus poucos remanescentes disputados por MDB, PSD e Podemos.
O que está acontecendo
O partido, que já teve 99 deputados federais e 16 senadores no auge, hoje tem apenas 13 parlamentares na Câmara e três no Senado. Seus três governadores – Eduardo Leite (RS), Tarcísio de Freitas (MS) e Raquel Lyra (PE) – já negociam suas saídas. O PSDB está à beira da dissolução, sem chances de disputar protagonismo nas eleições de 2026.
O que deu errado
1. A Lava Jato e a corrosão interna – A crise ética derrubou nomes de peso, como Aécio Neves, enquanto o partido hesitou em se renovar.
2. Fracassos eleitorais – Desde 2018, o PSDB não conseguiu mais disputar o segundo turno presidencial, sendo superado pelo bolsonarismo.
3. Identidade diluída – Criado para ser um partido de centro, o PSDB perdeu espaço à esquerda para o PT e à direita para Bolsonaro.
4. Erro estratégico em 2022 – Sem candidato próprio à presidência, a legenda perdeu protagonismo e hoje luta pela sobrevivência.
O que vem agora
A fusão ou incorporação a outra sigla é o cenário mais provável. O MDB, de onde o PSDB se separou há 36 anos, pode ironicamente absorver o partido. Mas PSD e Podemos também disputam seus quadros, especialmente governadores e deputados.
Sem identidade clara e sem força eleitoral, o PSDB pode desaparecer em questão de semanas.