Quaest: Lula lidera todos os cenários de 2º turno e expõe fragilidade da sucessão bolsonarista

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a participação na Corrida e Caminhada MEC 95 anos, na Esplanada dos Ministérios. Brasília – DF. 

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Por que importa
A primeira pesquisa Quaest sem Jair Bolsonaro no tabuleiro mostra que Lula mantém vantagem consistente em todos os cenários de segundo turno para 2026. Ao mesmo tempo, o levantamento revela dificuldades de consolidação dos nomes da direita — inclusive do escolhido da família Bolsonaro.

O cenário central

  • Lula (PT): 46%
  • Flávio Bolsonaro (PL): 36%
  • Diferença: 10 pontos, acima da margem de erro
  • Margem de erro: 2 p.p. | Confiança: 95%

Desde agosto, Lula oscilou –2 p.p. e Flávio subiu +4 p.p., após ser oficializado pré-candidato em dezembro.

Lula vence todos os governadores testados

Em eventuais segundos turnos, Lula aparece à frente de:

  • Tarcísio de Freitas (SP): 45% x 35%
  • Ratinho Jr. (PR): 45% x 35%
  • Ronaldo Caiado (GO): 44% x 33%
  • Romeu Zema (MG): 45% x 33%

Em todos os casos, a vantagem varia entre 10 e 12 pontos.

O dado político mais sensível

  • 54% acham que Bolsonaro errou ao escolher Flávio
  • 62% dizem que não votariam no senador para presidente

Indica que a transferência direta de capital político do ex-presidente para o filho encontra limites claros no eleitorado.

Avaliação do governo: empate técnico

  • Aprova: 48%
  • Desaprova: 49%

A diferença caiu para 1 ponto, após pico negativo em maio (17 pontos de distância).

Economia ajuda Lula

Percepções melhoraram nos últimos meses:

  • Economia melhorou: 28% (+4 p.p.)
  • Economia piorou: 38% (–5 p.p.)
  • Mais fácil conseguir emprego: 44% (+5 p.p.)

Expectativa futura também é mais positiva:

44% acham que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses.

Lula deve se candidatar?

  • 43% acham que sim (eram 38%)
  • 55% acham que não (eram 59%)

Cresce a aceitação da candidatura, mesmo com avaliação dividida do governo.

O que está por trás

  • Lula mantém vantagem eleitoral mesmo sem alta aprovação
  • A direita ainda não encontrou um nome competitivo fora da figura de Bolsonaro
  • O eleitor demonstra sensibilidade econômica, não ideológica

 O que observar daqui pra frente

  • Se Flávio Bolsonaro consegue romper rejeição estrutural
  • Se governadores conseguem nacionalizar seus nomes
  • Se a melhora econômica se sustenta até 2026

Metodologia
Pesquisa Quaest encomendada pela Genial Investimentos. 2.004 entrevistados, de 11 a 14 de dezembro.

 

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