Após o apagão de 2023, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem adotado medidas conservadoras, negando a ligação de novos projetos à rede elétrica nacional. No Ceará, isso resultou no bloqueio de grandes investimentos, especialmente em setores estratégicos como hidrogênio verde (H2V) e data centers. As informações foram originalemente publicadas no Diário do Nordeste.
Impactos para o futuro energético e econômico
A falta de previsibilidade e de acesso à rede elétrica coloca o estado do Ceará em uma posição delicada, em risco de perder o protagonismo na corrida global por uma transição energética verde. Pelo menos quatro grandes empreendimentos, somando cerca de R$ 115 bilhões em investimentos, enfrentam bloqueios, o que pode atrasar a inovação e a geração de novos empregos no estado.
Projetos negados até o momento
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Voltalia: A empresa francesa, com investimentos projetados de US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões), teve seu acesso negado.
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Fortescue: A gigante australiana tinha planejado investir R$ 20 bilhões, mas também foi impedida de conectar seus projetos à rede elétrica.
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Casa dos Ventos (H2V): O projeto de hidrogênio verde, estimado em US$ 5 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões), segue sem acesso.
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Casa dos Ventos (data center): Com um investimento de R$ 50 bilhões, o projeto de data center também está paralisado.
O futuro de uma transição energética verde e do setor de tecnologia no Brasil depende de decisões rápidas. O bloqueio à expansão da infraestrutura elétrica impede não apenas o Ceará, mas também o Brasil, de se consolidar como líder na produção de hidrogênio verde e na instalação de data centers, áreas essenciais para o desenvolvimento econômico e sustentável no contexto global.