A imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos atinge diretamente o agronegócio de 16 municípios cearenses, segundo análise do Observatório da Indústria da Fiec. Entre janeiro e junho de 2025, essas cidades exportaram mais de US$ 64,7 milhões, cerca de R$ 350 milhões, em pescados, cera de carnaúba, água de coco, castanha, mel e melão.
Fortaleza sofre maior impacto
Fortaleza é o município mais impactado, com US$ 17 milhões exportados para o mercado norte-americano no período. No segmento de pescados, a capital responde por 40,4% do volume enviado aos EUA, somando quase US$ 9 milhões. Já no grupo de água de coco, castanha, mel e melão, ocupa a terceira posição, com aproximadamente US$ 6 milhões. Na cera de carnaúba, é a quarta entre cinco principais exportadores.
Panorama geral
No Estado, os produtos mais atingidos são água de coco, castanha, mel e melão, que juntos renderam US$ 32,9 milhões, quase metade do total enviado para os EUA. Paraipaba, segunda cidade mais afetada, registrou US$ 8,5 milhões apenas com coco. Na cera de carnaúba, Itarema concentra 33,8% das exportações para os norte-americanos, gerando US$ 11,2 milhões no semestre.
Entre os pescados, Camocim aparece em segundo lugar, com 27,8% das vendas externas para os EUA. No total, o segmento representou 49% das exportações cearenses do produto no semestre, movimentando US$ 22,5 milhões.