Por Fábio Campos
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O senador Tasso Jereissati (PSDB) abriu uma forte divergência contra Camilo Santana (PT) após tornar-se público o decreto do governador abrandar a quarentena e permitir o funcionamento de diversos setores produtivos. “Gostaria de externar meu profundo desacordo com o Decreto do governador Camilo Santana que flexibilizou as regras de isolamento social recomendadas pelos órgãos de saúde, que têm sido adotadas por todo o mundo, principalmente neste momento, em que a epidemia sai dos bairros de classe média e alta de Fortaleza e entra na periferia”, disse o tucano.
O senador, que vem apoiando com firmeza todas as medidas de isolamento social, disse que, com o decreto de Camilo, “do jeito que está, o número de contaminações vai explodir e o sistema de saúde do Ceará não terá condições de receber e dar o tratamento adequado à população”.
Tasso chegou a dizer que a atitude do governador é “lamentável” e afirmou o seguinte: “Agora que a epidemia está entrando no interior do nosso Estado, essa medida não poderia ser mais inoportuna, porque vai atingir, exatamente, a população mais vulnerável do estado do Ceará. É lamentável”.
O decreto do governador , o terceiro da quarentena até aqui, permite o funcionamento de uma série de setores que antes estava com atividade proibida. É o caso, por exemplo, das feiras, indústrias de móveis, indústria de calçados, comércio de material de construção, indústria têxteis e confecções. Porém, o comércio continua fechado, o que limita o setor produtivo. Curiosamente, o comércio de material de construção recebeu permissão para funcionar.
Além de três vezes governador do Ceará e exercendo seu segundo mandato de senador, Tasso Jereissati é empresário do ramo do comércio (Iguatemi de Fortaleza) e do ramo industrial (fabricas da Coca-Cola no Nordeste).
Após a informação acerca do decreto se tornar público, o governador Camilo Santana foi às suas redes sociais para informar o seguinte: Não é verdadeira a informação de liberação do comércio, conforme alguns estão divulgando. Continua fechado pelos próximos 15 dias. Portanto, shoppings centers, lojas de rua, academias, bares, restaurantes e escolas, por exemplo, continuam sem funcionar, a exemplo de outros setores já citados em decreto anterior. Exceção feita nesse novo decreto a lojas de material de construção, e produtos de higiene e limpeza. Feira, apenas de produtos alimentícios e com regras estabelecidas. Continuamos com o mesmo critério de abertura apenas de serviços essenciais à população. Indústrias, são permitidas as que façam parte da cadeia desses serviços essenciais. Comércio, no geral, continua fechado.
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