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Tipos de Gentileza é um bom exercício para entender o que acontece quando falta paixão e sobra exibicionismo

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Foto: Divulgação/Fox

Seis meses após conquistar o mundo com “Pobres Criaturas“, sucesso de crítica e público, o diretor grego Yorgos Lanthimos retorna com “Tipos de Gentileza“, filme que teve a sua primeira exibição no Festival de Cannes e que marca a terceira colaboração com a atriz Emma Stone.

Para começo de conversa é importante destacar que o longa-metragem é uma antologia composta por três histórias distintas, cada uma com 50 minutos de duração, totalizando 2h45 no total. Embora compartilhem o mesmo elenco, os personagens variam entre as tramas, com apenas um sendo repetido, interpretado por um não-ator profissional, conforme mencionado pelo diretor no festival francês.

O sujeito aparece em todas, mas desempenha um papel trivial, funcionando mais como uma curiosidade e um comentário divertido sobre a interconexão entre narrativas – uma ideia que o cinema norte-americano popularizou recentemente. Essa presença parece mais uma brincadeira do que um verdadeiro elo entre os arcos.

O essencial é a natureza das trajetórias apresentadas. Até porque este é, sem dúvida, o trabalho mais “grego” das produções hollywoodianas de Lanthimos. A característica mais marcante do filme, por exemplo, é o clima de estranheza que perpassa as três jornadas, criando uma sensação constante de desconforto, mantendo, com eficácia, o espectador atento à próxima bizarrice.

Infelizmente, nem tudo são rosas, dado que o roteiro exige um pouco de paciência para compreender o desenvolvimento e as intenções do diretor. 

Foto: Divulgação/Fox

As aventuras, que são lentas, não oferecem recompensas imediatas e toda a atmosfera construída é carregada para preparar o espectador para o choque. Alguns funcionam, outros nem tanto.

Esse impacto atua bem, por exemplo, no primeiro e último enredo, mas o segundo segmento se destaca como o “patinho feio” das três: apesar de ser divertido, é previsível.

Quanto aos temas abordados, alguns são superficiais, outros redundantes, mas todos são pedantes. A primeira história é a mais eficaz, pois nos desafia eticamente e nos faz sentir empatia pelo protagonista, mantendo-nos curiosos sobre seus próximos passos. A partir da segunda, tudo se torna muito professoral, com cenas excessivamente repetitivas e reviravoltas que não se encaixam bem na narrativa.

Apesar de suas redundâncias e obviedades, “Tipos de Gentileza” é um filme cheio de camadas que pode ser cômico enquanto desvendamos suas complexidades. É um bom exercício sobre a arte de contar histórias, mesmo que não consiga sustentar o mesmo nível de envolvimento durante toda a sua duração.

Confira um pouco mais sobre o filme no Cine Amora.

Crítica de Pobres Criaturas:

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