TST mantém demissão de enfermeiro que prendeu chupeta com esparadrapo na boca de um bebê

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Justiça. Foto: Reprodução.

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmou a justa causa aplicada a um enfermeiro da Fundação Universitária de Cardiologia, de Porto Alegre (RS).

A decisão foi motivada pelo fato de, durante o plantão do profissional, duas funcionárias terem fixado uma chupeta na boca de um bebê de quatro meses internado na UTI pediátrica utilizando fita adesiva. O enfermeiro manteve a prática, o que foi considerado um risco grave à saúde da criança, podendo resultar em complicações severas, inclusive morte.

Responsabilidade do Enfermeiro
O enfermeiro, admitido em 2017 e dispensado em 2019, alegou que não cometeu nenhuma infração disciplinar. No entanto, a investigação revelou que ele, enquanto responsável pelo plantão, não apenas presenciou a irregularidade, como também manteve a prática. Como líder do setor no momento do ocorrido, era sua obrigação garantir a segurança do paciente e intervir diante de condutas inadequadas.

Responsabilidade do Hospital
O hospital defendeu a decisão de demitir todos os envolvidos, ressaltando que a fixação da chupeta com micropore era tecnicamente inapropriada e poderia causar sufocamento ou impedir a respiração adequada do bebê. A instituição apresentou filmagens e registros que comprovaram a negligência no acompanhamento do paciente, reforçando a gravidade do ocorrido.

Risco de Morte e Decisão Judicial
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região mantiveram a justa causa, considerando a penalidade proporcional à falha cometida. O ministro Hugo Scheuermann, relator do caso no TST, enfatizou que a conduta dos profissionais colocou em risco a vida do bebê e que o enquadramento jurídico da justa causa foi adequado. A decisão foi unânime, reforçando a necessidade de rigor no cumprimento dos protocolos de segurança hospitalar.

A decisão do TST destaca a importância do cumprimento das normas de segurança e do dever dos profissionais de saúde em garantir a integridade dos pacientes sob seus cuidados. O caso serve como um alerta sobre a responsabilidade individual e institucional na área da saúde.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Conselho Nacional das ZPEs aprova cinco data centers de R$ 583 bilhões e consolida Ceará como Green Digital Hub do Atlântico Sul

Governador do Rio elogia “coragem e determinação” de Elmano após ação que matou sete faccionados em Canindé

No Focus Colloquium, a Política das conveniências: entre a força e o cálculo

Powershoring: o Nordeste no centro da nova revolução industrial

André Fernandes reafrima aval de Bolsonaro para aproximação com Ciro Gomes

Lula e Trump: O encontro que parecia impossível

Ciro volta ao PSDB; Tasso dá missão dupla e oposição mostra força e busca cola para justificar as diferenças

Ciro retorna ao ninho tucano: ao lado de Tasso, mas com o PSDB longe de ser o que já foi

TRF de Recife proíbe cobrança de “pedágio” na Vila de Jeri

Dois históricos antibolsonaristas, Ciro e Tasso juntos no PSDB para construir aliança com a direita

Série Protagonistas: Chagas Vieira, o interprete das ruas

Focus Poder inicia a série Protagonistas com o perfil de Chagas Vieira, o “interprete das ruas”

MAIS LIDAS DO DIA

Congresso aprova projeto que torna permanente isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

Pesquisa concluiu que os sonhos dos brasileiros mudaram — e isso muda a política; Veja ro ranking

Racha na oposição: Moses, do UB, anuncia apoio à reeleição de Elmano durante evento em Itapipoca

Pasárgada, Brasil; Por Gera Teixeira

Por uma sociologia da ditadura; Por Paulo Elpídio de Menezes Neto

Pesquisa: PT domina relevância digital e amplia vantagem sobre PL nas redes sociais

Conselho Nacional das ZPEs aprova cinco data centers de R$ 583 bilhões e consolida Ceará como Green Digital Hub do Atlântico Sul

Engenharia do negócio — os bastidores do mega distrito digital do Ceará

Supremo inicia em 14 de novembro julgamento de denúncia contra Eduardo Bolsonaro por coação