O fato: O Dia das Crianças de 2024, celebrado em 12 de outubro, deverá movimentar cerca de R$ 9,35 bilhões no varejo nacional, conforme estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O valor representa um aumento de 2,6% em relação ao registrado no ano passado, posicionando a data como a terceira mais relevante do calendário varejista, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.
Cenário econômico: A previsão de crescimento nas vendas é impulsionada por condições de consumo mais favoráveis em comparação a 2023, sustentadas principalmente pela melhora no mercado de trabalho. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE, a taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto de 2024 foi de 6,8%, o menor índice em mais de uma década. Além disso, a massa real de rendimentos apresentou crescimento real de 8,3% nos últimos 12 meses, reflexo de políticas de valorização do salário mínimo.
Setores em destaque: Espera-se que o segmento de vestuário e calçados seja o principal responsável pela movimentação, contribuindo com 27% do total projetado, ou R$ 2,56 bilhões. Em seguida, estão os setores de eletroeletrônicos e brinquedos, que devem somar R$ 2,30 bilhões, ou 25% do total. Outro destaque é o setor de perfumaria e farmácia, com previsão de crescimento de 6,0% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 2,15 bilhões.
Desempenho regional: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro deverão concentrar 57% das vendas para o Dia das Crianças em 2024, com movimentações de R$ 2,678 bilhões, R$ 916 milhões e R$ 752 milhões, respectivamente. No entanto, o Paraná deverá ter o maior avanço percentual, com crescimento esperado de 7,4% em comparação ao ano anterior.
Variação de preços: A CNC estima uma variação de 2,8% nos preços médios dos itens mais populares para o Dia das Crianças, uma desaceleração em relação ao aumento de 6,7% observado no ano anterior. Produtos como livros (+9,7%), chocolates (+7,2%) e sapatos infantis (+6,5%) devem liderar os aumentos. Por outro lado, espera-se uma queda de preços em itens como bicicletas (-4,3%), ingressos para cinemas e teatros (-3,9%) e brinquedos em geral (-2,8%).