
•51% dos entrevistados disseram não confiar no trabalho dos ministros.
•49% afirmaram confiar.
Quando a pergunta se volta para competência e imparcialidade nos julgamentos, o padrão se repete: 51% dizem que falta aos ministros essas qualidades; 48% acreditam que o STF cumpre bem essa função.
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📌 Ditadura ou papel constitucional?
O levantamento mostra um país dividido não só sobre a confiança, mas sobre a própria natureza da atuação do Judiciário:
•45% dizem que o Brasil vive “sob uma ditadura do Judiciário”.
•44% defendem que os magistrados estão apenas cumprindo seu papel constitucional.
•11% não veem ditadura, mas afirmam que muitos juízes abusam de suas atribuições.
Essa percepção dialoga com discursos de líderes políticos que, nos últimos anos, colocaram o STF no centro da disputa narrativa — seja para questionar decisões, seja para defendê-las como barreiras institucionais.
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👤 Popularidade dos ministros: quem divide mais
A AtlasIntel também mediu a avaliação de cada integrante da Corte:
Melhores índices positivos:
1.Alexandre de Moraes – 49% positivo / 51% negativo (o mais conhecido e polarizador)
2.Cármen Lúcia – 46% positivo
3.Flávio Dino – 46% positivo
4.Cristiano Zanin – 41% positivo
5.André Mendonça – 37% positivo
Maiores índices negativos:
•Gilmar Mendes – 56% negativo
•Roberto Barroso – 53% negativo
•Dias Toffoli – 50% negativo
O destaque para Moraes é duplo: é ao mesmo tempo o ministro mais bem avaliado e o mais divisivo — reflexo de seu protagonismo em processos ligados aos ataques de 8 de janeiro e ao enfrentamento de grupos extremistas.
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🔍 Vá mais fundo
A divisão sobre o STF não é nova, mas o patamar atual tem implicações diretas para 2026. Com decisões que afetam partidos, campanhas e candidaturas, a Corte seguirá no centro do debate político — e, portanto, na mira de críticas e elogios.
•Contexto histórico: o Supremo já viveu momentos de baixa aprovação, como em 2018, durante a tensão em torno da Lava Jato. A diferença é que agora a desaprovação se espalha por mais espectros ideológicos.
•Risco institucional: a erosão da confiança em uma das principais instâncias do Judiciário pode afetar a aceitação social das decisões, ampliando crises políticas.
•Eleições: o STF será inevitavelmente citado nos discursos de campanha — seja como vilão, seja como guardião da Constituição.
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📅 Metodologia – A AtlasIntel entrevistou 2.447 pessoas entre 3 e 6 de agosto de 2025. Margem de erro: ± 2 pontos percentuais.
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