O fato: O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC), manteve estáveis as previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos de 2024, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação. A expectativa de expansão da economia permanece em 3% para este ano, enquanto a previsão de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de 4,37%.
Desdobramentos: No segundo trimestre de 2024, o PIB brasileiro subiu 1,4% em relação ao primeiro trimestre, superando expectativas. Em comparação ao segundo trimestre de 2023, o crescimento foi de 3,3%. Para 2025, a projeção é de um crescimento mais moderado, de 1,92%, e de 2% para os anos de 2026 e 2027.
A cotação do dólar para o fim de 2024 está prevista em R$ 5,40, e para 2025, em R$ 5,35. Já o IPCA, a inflação oficial do país, deverá fechar o ano em 4,37%, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância.
Inflação: A inflação continua sendo um ponto de atenção, especialmente para os próximos anos. Para 2025, a expectativa é de uma leve redução, com o IPCA fechando o ano em 3,97%. As previsões para 2026 e 2027 são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. O CMN já definiu que, a partir de 2025, o sistema de meta contínua será adotado, com o centro da meta de inflação fixado em 3%, permitindo variações de até 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
No mês de agosto, o país registrou deflação de 0,02%, impulsionada por quedas nos preços de alimentos e habitação, após uma inflação de 0,38% em julho. No acumulado de 12 meses, o IPCA ficou em 4,24%.
Taxa de juros: Para conter a inflação e atingir suas metas, o Banco Central tem utilizado a taxa Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano, após uma alta de 0,25 ponto percentual em setembro, o primeiro aumento desde agosto de 2022. A Selic deve encerrar 2024 em 11,75%, segundo previsões do mercado financeiro.
A expectativa é de que a Selic caia para 10,75% ao ano em 2025, e continue reduzindo nos anos seguintes, atingindo 9,5% em 2026 e 9% em 2027. O próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcado para os dias 5 e 6 de novembro, e é possível que a taxa de juros seja elevada novamente, de acordo com analistas.