São Paulo calcula prejuízos com apagões e Enel vê relação azedar assim como no Ceará

COMPARTILHE A NOTÍCIA

Uma série de apagões continuam a afligir a cidade de SP. Edificio Copam funcionando com geradores de energia. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Uma série de apagões continuam a afligir a cidade de SP. Edificio Copam funcionando com geradores de energia. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O fato: A falta de eletricidade em parte significativa da cidade de São Paulo, que já dura três dias, está gerando prejuízos graves aos setores do varejo e de serviços. Cálculos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio SP) mostram que, considerando o faturamento que ambos deixaram de registrar no período, as perdas brutas já somam cerca de R$ 1,65 bilhão.

Reclamações: A entidade é enfática e diz que o valor deverá ser maior, porque a empresa responsável pela distribuição de energia, a Enel, ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço à totalidade dos imóveis que dependem da rede.

Plano emergencial: Por conta da situação, a Enel pediu reforço internacional para outras distribuidoras para ajudar no restabelecimento da energia. Os profissionais virão do Chile, Argentina, Itália e Espanha. Profissionais das bases do Rio de Janeiro e Ceará também foram mobilizados.

Relação com o Ceará: A relação com o Ceará, por sua vez, segue estremecida. E não é de agora. São anos que a população e setor produtivo reclamam dos problemas técnicos com a distribuidora no Ceará. Ora quedas de energia, ora valores praticados pela concessionária.

O descrédito é grande que, em agosto desde ano, a Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) impôs uma multa de R$ 28 milhões à Enel Ceará devido às constantes quedas de energia e à demora na realização de religamentos em todo o estado. Entre 2021 e 2023, o número de queixas registradas pela ouvidoria da Arce sobre a falta de energia saltou de 1.415 para 2.580, representando um aumento de 82,3%.

Tempo médio de atendimento: Uma fiscalização realizada na Enel Ceará identificou um aumento tanto no número de interrupções de energia quanto no tempo necessário para o restabelecimento do serviço. A agência havia constatado que o tempo médio de atendimento a emergências pela Enel foi de quase 10 horas. A fiscalização também apontou que algumas subestações e linhas de distribuição da empresa estão sobrecarregadas e que manutenções preventivas previstas pela distribuidora não foram completamente executadas.

Resposta: A Enel Ceará afirmou, em nota oficial, que o tempo médio de atendimento diminuiu em quase 60% entre março e julho de 2024, atribuindo a melhora à contratação de novos eletricistas e à aquisição de novas viaturas para reforçar o atendimento ao cliente.

COMPARTILHE A NOTÍCIA

PUBLICIDADE

Confira Também

Chagas Vieira entra no jogo e embaralha o xadrez governista

Morte de Mario Vargas Llosa, o liberal, marca o fim de uma era na literatura latino-americana

Kristalina, Ph.D., CEO e… “mulherzinha” para Lula

Izolda na Califórnia e uma estridente conta política no Ceará

Tarifaço de Trump transforma a economia global em drama

Como Trump pode turbinar o protagonismo da China

O clássico britânico David Ricardo é cancelado em Washington

Nem censura estatal, nem patrulha ideológica: Obama pede nervo às universidades

Pesquisa Quaest: Lula segura a ponta, mas perde fôlego

Análise da pesquisa: Lula sangra e governadores aliados entram em alerta

LATAM Pulse: Lula despenca, Milei e Boric patinam e Petro lidera impopularidade; Sheinbaum resiste

Latam Pulse Brasil da Atlasintel: A preço de hoje, a direita leva

MAIS LIDAS DO DIA

Brasil bate recorde de novos pequenos negócios e avança em ranking global de empreendedorismo

Pesquisa do Procon revela variação de até 250% em itens de Páscoa em Fortaleza

LDO 2026: Governo propõe salário mínimo de R$ 1.627 e meta de superávit de 0,25% do PIB

Apple lidera vendas globais de smartphones no 1º trimestre com força em mercados emergentes

Fraudes com Pix disparam em 2024 e causam prejuízo de R$ 4,9 bilhões

MRV projeta R$ 11 bilhões em lançamentos para 2025 e aposta em novo Minha Casa, Minha Vida

Google enfrenta ação de £5 bilhões no Reino Unido por abuso de monopólio

Superação e denúncia: “O Orca” emociona e expõe a inacessibilidade na UFC

Era uma vez a Universidade; Por Paulo Elpídio de Menezes Neto