O que aconteceu
A assinatura da Ordem de Serviço (OS) para o trecho 06 da Ferrovia Transnordestina aconteceu no início de agosto, mas seus efeitos mais concretos podem ser vistos nesse impressionante vídeo da obra que está sob a responsabilidade da Marquise Infraestrutura. A imagem, feita na última sexta-feira, marca o primeiro desmonte de rocha das obras do trecho de 50 km, que vai de Quixadá a Quixeramobim, no sertão central do Ceará
fatos antecedentes
Após assinado o aditivo de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia Transnordestina, consolidando o projeto como prioridade no Novo PAC, as obras ganharam impulso. Em recente cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Lula reafirmou o compromisso histórico com a obra e disse que atendia a um pedido de Miguel Arraes, um político parte da História do Brasil, cearense do Crato e que fez trajetória em Pernambuco. No ato público, foi dada a Ordem de Serviço (OS) para o lote 7, que abrange 55 km entre Quixadá e Itapiúna, no Ceará.
O que foi dito
- Lula, presidente: “A Transnordestina vai mudar a vida do Nordeste. Este país precisa de ferrovias para sermos mais competitivos.”
- George Santoro, ministro dos Transportes em exercício: “A ferrovia é um fator de desenvolvimento regional, integrando rodovias e outros modais.”
- Rui Costa, ministro da Casa Civil: “Ela será integrada no Norte-Sul, criando uma malha nacional mais eficiente e competitiva.”
- Waldez Góes, ministro da Integração: “Já temos 3 mil trabalhadores, e agora esse número poderá subir para 8 mil.”
Por que importa
A Transnordestina, que liga Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), é estratégica para o escoamento de grãos, minerais e outros produtos. Além de reduzir custos logísticos, a envergadura da obra vai impactar a economia da Região ao conectar produtos, principalmente do agrobusiness, a Porto do Pecém.
O que disseram
Renan Carvalho destacou a importância do projeto para o desenvolvimento do Nordeste. Ele mencionou o sucesso nas etapas anteriores do Porto do Pecém e ressaltou que a Transnordestina, a maior obra ferroviária em andamento no Brasil, irá gerar cerca de 1.000 empregos diretos, com mais de 90% na região. Carvalho lembra que a obra concretiza um sonho de 1959 e fortalecerá a cadeia produtiva local.
Onde estamos
As obras da ferrovia, que ficaram anos paradas, foram retomadas em 2023 com foco no trecho prioritário até Pecém. Até agora:
- Fase 1: 676 km entregues; pendentes 169 km até Pecém.
- Próximos passos: Finalizar os lotes 4, 5 e 6 (Acopiara-Quixadá) e concluir o lote 7 (Quixadá-Itapiúna).
- Meta: Início da operação assistida em 2025, transportando produtos como soja, milho e calcário.
O que vem a seguir
- Expansão nacional: A ferrovia será conectada à malha ferroviária Norte-Sul, promovendo maior competitividade para o Brasil no cenário internacional.
- Em números
- Investimento: R$ 3,6 bilhões do Banco do Nordeste, via FDNE.
- Empregos diretos: De 3 mil em 2023, poderá atingir 8 mil.
- Extensão total da ferrovia: 1.757 km, sendo 1.209 km na fase 1.
- Trechos concluídos: 676 km entregues, 151 km em execução.
- Operação assistida prevista: 2025.