
O fato: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (12), que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve permitir que a Petrobras realize perfurações na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, no litoral do Amapá. O local tem potencial para conter grandes reservas de petróleo, mas a exploração é alvo de críticas devido a riscos ambientais.
Debate sobre exploração: Em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá, Lula destacou a necessidade de pesquisas antes da exploração. “Temos que ver se há petróleo e em que quantidade, porque muitas vezes se perfura e não encontra o que se imaginava”, afirmou. Ele também criticou a demora na autorização do Ibama: “O órgão parece ser contra o governo, quando deveria estar colaborando”.
A licença para prospecção na área foi negada pelo Ibama em maio de 2023, devido a “inconsistências técnicas” no Plano de Proteção à Fauna. Desde então, a Petrobras tem ajustado a documentação exigida para obter a liberação.
Investimentos da Petrobras: O Plano Estratégico da Petrobras para 2024-2028 prevê US$ 3,1 bilhões em investimentos e a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. No entanto, até o momento, apenas dois poços na Bacia Potiguar, na costa potiguar, receberam autorização.
Lula defendeu que a Petrobras tem experiência em exploração em águas profundas e garantiu que todos os protocolos ambientais serão seguidos. “Não podemos deixar uma riqueza dessas intocada, pois é com esses recursos que vamos financiar a transição energética”, completou.
Histórico e expectativa: A Margem Equatorial passou por diversas pesquisas desde a década de 1980. A descoberta de grandes volumes de petróleo na Bacia Guiana-Suriname, em 2015, reforçou o interesse de investidores na região. Atualmente, 11 concessões já operam